
Em Arma da Crítica – Boletim semanal da Liga Comunista Brasileira
No dia 9 de maio de 1945, a Alemanha Nazista se rendeu para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, formalizando sua derrota na mais sangrenta guerra da história humana, conhecida por nós como Segunda Guerra Mundial, e como Grande Guerra Patriótica nos países da antiga União Soviética. Com a bandeira da vitória tremulante no Reichstag, a Alemanha, terra natal de Karl Marx, então deformada pela nazificação, amanhecia libertada da bestialidade fascista pelo Exército Vermelho, sob ordens do Marechal Josef Stalin e à luz do Marxismo-Leninismo. Durante esse conflito, o movimento comunista assumiu a vanguarda na defesa das nacionalidades europeias, com grande destaque para a resistência guerrilheira de caráter comunista na Iugoslávia, Albânia, Grécia, Itália, França e as RSS Ucraniana e Bielorrussa. É notório, portanto, que é do movimento comunista os louros da libertação humana lograda através da resistência antifascista. Cerca de 80% dos soldados nazistas mortos tombaram em conflito com a União Soviética. É nossa responsabilidade, enquanto guardiões da verdade histórica, manter viva a chama dessa resistência. Em virtude disso, indicamos o livro produzido por brasileiros em homenagem a nossa celebrada vitória, recentemente lançado: O Caminho da Vitória, organizado pelos professores Francisco Carlos Teixeira da Silva e João Cláudio Platenik Pitillo. O anúncio do fim do conflito com a rendição completa da Alemanha foi assim anunciado por Stalin:
“Camaradas! Compatriotas!
Chegou o grande dia da vitória sobre a Alemanha nazista. Esta, posta de joelhos pelo Exército Vermelho e pelas tropas de nossos aliados, reconheceu a sua derrota e anunciou a sua capitulação incondicional.
Três anos atrás, Hitler declarou que entre seus objetivos estava o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a usurpação do Cáucaso, Ucrânia, Bielorrússia, Repúblicas Bálticas e outras regiões. Ele declarou diretamente: “Nós destruiremos a URSS, a fim de que ela nunca mais se levante”. Isso foi há três anos. Mas as ideias tresloucadas de Hitler não estavam destinadas a se realizar e o curso da guerra transformou-as em pó. Na realidade ocorreu exatamente o oposto do que pretendiam os hitleristas. A Alemanha foi derrotada completamente. Os seus exércitos capitularam. A URSS festeja a vitória, mas não deseja desmembrar nem destruir a Alemanha.
Camaradas!
A Grande Guerra Patriótica terminou com a nossa vitória total. O período de guerra na Europa acabou. Começou um período de desenvolvimento e paz.
A vitória é vossa, meus queridos compatriotas!
Glória ao nosso heroico Exército Vermelho, que defendeu a independência de nossa Pátria e que conquistou a vitória sobre o inimigo!
Glória ao nosso grande povo, um povo vencedor!
Glória eterna aos heróis que caíram em combate contra o inimigo e que deram sua vida pela liberdade e felicidade do nosso povo!.
Moscou, 9 de maio de 1945.
Supremo Comandante em Chefe, Marechal da URSS
Josef Stalin”.
Com a China, a extinta União Soviética foi quem suportou as maiores perdas em vidas humanas e em destruição material. A Grande Guerra Patriótica custou a vida de quase 30 milhões de cidadãos soviéticos. A China perdeu entre 15 a 20 milhões de pessoas durante o conflito, que em seu caso se iniciou bem antes, em 1931, com a invasão do país pelo Japão, aliado da Alemanha nazista. O alto preço pago por ambas as nações elevou o prestígio do movimento comunista em todo o mundo. E abriu uma nova conjuntura internacional que reforçou a luta contra a dominação colonial em todo o mundo. Honra e glória aos que derrotaram o nazi-fascismo!
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