Forças israelenses prenderam 456 palestinos na Cisjordânia ocupada somente em janeiro, segundo organizações locais que monitoram as condições dos prisioneiros palestinos.
As informações são da agência Anadolu.
Noventa e três menores de idade e oito mulheres estão entre os detidos no último mês, reportou em nota conjunta a Comissão para Assuntos dos Prisioneiros da Autoridade Palestina, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, a Associação de Direitos Humanos Addameer e o Centro de Informações Wadi Hilweh.
Segundo o comunicado, 105 ordens de detenção administrativa foram executadas pela ocupação, sendo 30 novas ordens e extensão das outras 75 penas arbitrárias.
O mecanismo da detenção administrativa permite à ocupação de Israel renovar a prisão de um prisioneiro indeterminadamente sem acusação ou julgamento, após expirar sentenças que variam de dois a seis meses.
A nota observou que há hoje cerca de 4.500 prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, incluindo 37 mulheres, 140 menores e 450 sob detenção administrativa.
“As prisões afetam todos os segmentos da sociedade”, reiterou a declaração, ao destacar que as campanhas de prisão israelenses continuaram inabaláveis apesar da pandemia de coronavírus e dos riscos de contágio impostos aos prisioneiros.
Organizações de direitos humanos estimam que mais de 355 detentos palestinos foram infectados por covid-19, devido à negligência médica deliberada de Israel.