
Por Laelio Inacio.
Naquele 31 de março, o Brasil testemunhou um evento que marcaria sua história para sempre: o Golpe Militar de 1964. As ruas, antes palco de debates acalorados e esperanças de um futuro melhor, agora ecoavam o som de botas militares e o ronco dos tanques.
A década de 1960 era um caldeirão de ideias e paixões. O presidente João Goulart, com suas reformas de base, acendia a chama da esperança nos corações dos trabalhadores e camponeses. Mas, para os conservadores, suas palavras soavam como uma ameaça à ordem e à tradição.
Naquela madrugada, as tropas militares, como sombras na noite, iniciaram seu movimento. O objetivo era claro: depor o presidente e silenciar as vozes que clamavam por mudanças. Goulart, sem apoio para resistir, preferiu evitar um banho de sangue.
Com a deposição de Goulart, o Brasil mergulhou em um silêncio opressor. A liberdade, antes tão presente nas ruas e nos discursos, agora era apenas uma lembrança distante. A censura calava os jornais, a repressão silenciava os dissidentes e a tortura deixava marcas indeléveis na alma do país.
Os 21 anos que se seguiram foram de dor e sofrimento para muitos brasileiros. A ditadura militar, com sua violência e arbitrariedades, deixou um rastro de tristeza e revolta. Mas, em meio à escuridão, a chama da resistência nunca se apagou.
Hoje, ao recordarmos o Golpe de 1964, não podemos ignorar as feridas que ele causou.
Precisamos lembrar das vítimas, dos heróis que lutaram pela democracia e dos erros que não podemos repetir. A memória é nossa bússola, guiando-nos para um futuro onde a liberdade e a justiça sejam os pilares da nossa nação.

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