30% da população de Porto Rico tem urânio radioativo no corpo, segundo o oncologista Víctor Marcial Veja. Especialistas dizem que é consequência de várias décadas de presença de militares estadunidenses nesse Estado Livre Associado dos Estados Unidos.
“30% temos urânio radioativo em nosso sangue e urina, enquanto que 100% das pessoas estão contaminadas com metais pesados, que estamos respirando nesse momento”, expressou o médico portorriquenho por ocasião de um simpósio sobre salubridade em San Juan, citado pela Agência Prensa Latina.
O cientista disse que tal contaminação pode gerar câncer, autismo, lúpus, artrite e enfermidades neurológicas.
O médico destacou o incremento de casos de autismo entre as crianças portorriquenhas para 1 em cada 37, quando em 1980 era 1 para cada 10.000.
A Marinha de Guerra dos Estados Unidos ocupou a maior parte do território das ilhas de Vieques e Culebra como campos de tiro durante uns 40 anos, até 2003.
Vários estudos realizados por investigadores locais assinalam que o napalm, o urânio e resto de outras substâncias utilizadas em experimentos pelos militares estadunidenses são os responsáveis por essa situação.
Sob a presidência de Barack Obama, Washington já recebeu mais de 7.000 demandas de moradores de Vieques, que buscam ser indenizados por problemas de saúde que têm origem nessas práticas militares.
Fonte: Adital