28 de janeiro de 2014.

28 de janeiro de 2014.

A CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) está reunida em Havana. Uma consolidação organizacional e soberana da Pátria Grande, não isenta de autocrítica severa por tudo o que não se fez nas áreas mais sensíveis da Nossa América, mestiça e lutadora.

Uma parte muito grande dos cidadãos brasileiros nem sabem da existência desta organização que, anos adiante, virá, na prática, substituir a nefasta e moribunda OEA (Organização dos Estados Americanos), que tem funcionado como um ministério ianque de colônias da América Latina, tal qual afirmou algum dia Fidel Castro. Os poucos cidadãos que conhecem a existência da CELAC a compreendem como mais um fórum desses que pululam por aí. Essa é a visão que impõe a mídia monopólica, conivente com a dependência, a colonização e a destruição da soberania nacional, porque desse parecer sobrevivem as oligarquias parasitárias que escravizam as populações.

A esquerda brasileira, fiel ao seu eurocentrismo metodológico, particularmente a burocratizada em partidos, sindicatos e universidades, não olha como deveria para a CELAC, e continua velando a União Soviética, sem participar dos incipientes modelos de socialismo, ainda instáveis, que acontecem em um par de países da América Latina. Marx, como Martí, merecem uma releitura, que ajude a compreender que, independentemente dos governos que impulsionaram, com a liderança de Hugo Chávez, a existência da CELAC, tem sido o Povo Trabalhador que deu e dá sustento mobilizador à consolidação da região.

Hoje, esses setores se encontram na periferia da realidade. Essa periferia eurocentrista, deprimida pela quantidade interminável de fracassos, observa com mais alegria para os movimentos de Hamburgo, importantes sem dúvida, do que para as lutas dos nossos povos da América Latina. A periferia intelectual que nos afasta do conhecimento da nossa Pátria Grande age como a mídia monopólica, nega a realidade em benefício próprio. Um dia isso mudará.

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