Há três décadas o Relatório sobre Violências contra Indígenas é publicado pelo Conselho Indigenista Missionário no Brasil. Neste ano, o relatório apresentou o maior índice de violência desde 2013. Além disso, os dados evidenciam outros aspectos da realidade dos povos originários. No JTT-Manhã Com Dignidade, esteve Lucia Helena Rangel para aprofundar o tema.
Os dados são estruturados em capítulos. Três capítulos direcionados a tipos de violência específicos. Além disso, são apresentados artigos de análise quanto informações. Foi abordada a realidade de indígenas em cárcere privado, a falta de recursos e atenção da Funai, história dos povos indígenas e mortalidade de crianças.
Segundo Lucia, para abordagem dos aspectos é necessário ter delicadeza. Pois a ideia é apresentar a injustiça e o desrespeito que nossos governantes têm em relação à população indígena.
Nos últimos três anos foram publicadas muitas portarias por parte do governo que permitiram as invasões de terras indígenas para exploração e mineração, sem ao menos pedir permissão aos verdadeiros donos das terras, indígenas. “Essa ganância, não é de hoje”, afirma.
Além disso, se sabe que hoje, os saberes indígenas são os mais adequados ao que se refere a qualidade de alimentos e preservação das terras. De acordo com Lucia, a visão unicista do agronegócio impede que estas práticas sejam verdadeiramente reconhecidas. Este cenário gera as piores das consequências para as populações, biodiversidade e meio ambiente em sua totalidade.
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