Esquerda.- Em Israel, cerca de 1600 prisioneiros palestinos, mais de um terço do total, irão entrar em greve de fome a partir de terça-feira, anunciou, este domingo, o ministro palestino Issa Qaraqae.
“Cerca de 1600 prisioneiros palestinos começarão terça-feira uma greve de fome, para reivindicarem melhores condições prisionais, e nós preparamos um programa nacional de solidariedade para com eles”, afirmou o ministro da Autoridade Palestina, Issa Qaraqae, citado pela AFP.
Terça-feira é do Dia dos Prisioneiros Palestinos e coincide com a libertação de Khader Adnan, que esteve 67 dias em greve de fome, a mais longa greve de fome entre estes prisioneiros. Adnan terminou a greve de fome em fevereiro, tendo chegado a um acordo com o Estado sionista para soltá-lo no final de uma pena de prisão de quatro meses.
Atualmente, dez prisioneiros, todos detidos administrativamente, estão em greve de fome nas cadeias israelenses, segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos. Já a porta-voz da administração penitenciária israelense, Sivan Weizman afirmou, por seu turno, estarem seis presos em greve de fome.
Dois deles, Bilal Foab, 27 anos, e Thaer Halahla, acusados de ligações à Jihad Islâmica, recusam alimentar-se há 48 horas, estando o seu estado de saúde a preocupar os médicos.
Segundo o jornal Ha’aretz, o Serviço Prisional israelense desvaloriza a situação afirmando que a ameaça de greve de fome é apenas uma ameaça frequentemente utilizada pelos prisioneiros, considerando “greve de fome” uma abstinência que ultrapasse as 48 horas.
Fonte: Diário Liberdade