Por Laura V. Mor, Resumen Latinoamericano.
Havana, 1º de maio de 2025 – Já se passaram 25 anos desde o histórico discurso de Fidel Castro no Primeiro de Maio de 2000, no qual ele explicou em palavras o que é a Revolução, um conceito que, após sua passagem para a imortalidade, foi ratificado pelas assinaturas de mais de 6 milhões de cubanos.
Como todos os anos nesse dia, a Plaza da Revolução, em Havana, é um dos palcos do país onde, enfeitada com bandeiras cubanas e slogans de unidade, ocorreu um evento que, ao contrário do mundo onde os trabalhadores exigem seus direitos e marcham contra as políticas de ajuste implementadas por governos neoliberais e antipopulares, em Cuba assume outro significado: uma grande celebração proletária.
Sob o lema “Por Cuba, juntos criamos”, o povo de Havana se reuniu no início da manhã nas proximidades da Praça da Revolução José Martí, na capital, para comemorar mais um Dia Internacional dos Trabalhadores.
Estudantes, profissionais, trabalhadores, camponeses, cooperativas e famílias inteiras foram os protagonistas desse dia em toda a extensão do país, motivados não apenas para celebrar as conquistas alcançadas em seis décadas, apesar da difícil situação econômica, mas também (e nesse sentido) para levantar a voz e denunciar mais uma vez as medidas de interferência e as campanhas de desestabilização aplicadas do exterior contra o povo cubano.
Os milhares de cubanos que marcharam hoje mantiveram viva a solidariedade histórica com o movimento sindical internacional e com os trabalhadores que, em diferentes países do mundo e, em particular, na América Latina, sofrem exploração, demissões e falta de garantias trabalhistas efetivas, sob governos neoliberais que executam políticas antipopulares dirigidas pelas famosas “receitas” que o Fundo Monetário Internacional impõe como mecanismo de controle aos países latino-americanos e ao mal chamado “Terceiro Mundo”.
“Celebramos a festa do proletariado mundial em meio a um cenário internacional complicado, o mundo está sofrendo uma ofensiva imperialista renovada e perigosa, com expressões neofascistas que buscam redesenhar o sistema internacional, desconsiderar os princípios da coexistência pacífica e da igualdade soberana entre os Estados, bem como reverter os ganhos de justiça e dignidade humana alcançados pelos povos”, afirmou com veemência Ulises Guilarte de Nacimiento, secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC); reiterando o compromisso de Cuba com um futuro de paz, a fim de superar os desafios atuais.
Nesse sentido, o dirigente sindical denunciou a nova campanha estadunidense de difamação e descrédito contra os programas internacionalistas de colaboração médica cubana, que atualmente funcionam em mais de 50 países e que têm desempenhado um papel significativo no enfrentamento da pandemia da Covid-19 em países da América Latina e da Europa.
Como expressão do apoio global a Cuba, mais de mil delegados internacionais de mais de 30 países, representando uma centena de organizações sindicais dos cinco continentes, marcharam ao lado do povo cubano e condenaram o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas, que se intensificou com as 243 medidas coercitivas assinadas por Donald Trump em seu primeiro mandato e que continuam intactas até hoje, e que se agravam com a reincorporação do país, em 20 de janeiro, na espúria e unilateral “lista de países patrocinadores do terrorismo” mantida pelos Estados Unidos para coagir terceiros países, e impede o pleno desenvolvimento das forças produtivas da economia cubana.
“O fato de a Revolução estar mais forte do que nunca não é resultado de um milagre, é o resultado da contribuição de cada compatriota, especialmente dos trabalhadores, que sustentam a transformação socioeconômica e o desenvolvimento do país”, concluiu ele nessa celebração maciça dos trabalhadores que, liderada pelo líder histórico da Revolução Cubana Raúl Castro e pelo presidente Díaz-Canel, reuniu mais de 600 mil pessoas no desfile popular do Primeiro de Maio, que demonstrou que o conceito da Revolução, que agora tem 25 anos, não é apenas palavras, mas uma realidade.
Fotos e vídeo: Víctor Villalba Gutiérrez/ RL
Tradução: Deepl com supervisão de Desacato.info.
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