Por Xiomara Castro de Zelaya.
Prezadas companheiras e companheiros
Povo hondurenho,
Desde a minha posição de mulher e cidadã lutadora permanente pelos direitos do povo em resistência e como delegada dos povos indígenas LENCAS, cumprimento a histórica e digna Assembleia da Frente Nacional de Resistência Popular.
As coisas que vivi junto com vocês nestes últimos dois anos são inesquecíveis pra meu coração e minha mente; o cerco militar em ALAUCA, no Paraíso; os ultrajes que os militares cometeram contra o estado, contra o primeiro cidadão do país e contra minha família em 28 de junho, o assassinato e a tortura de Pedro Magdiel, de Wendy Ávila, de Isis Obed Murillo, os assassinato dos professores, camponeses, indígenas, os membros da comunidade LGTB, os jornalistas e as torturas que sofremos durante quatro meses na embaixada do Brasil, é impensável esquecer tanta dor e sofrimento.
É indignante, companheiros, que todos estes crimes não sejam punidos, jamais poderemos guardar silêncio; e esta manhã peço a todos os presentes que nos fiquemos de pé e levantemos as mãos para fazer um juramento em nome dos caídos e dos familiares das vítimas, juramos não descansar jamais até que acabe esta terrível impunidade e se capture e condene os assassinos!!!
Todas estas violações à vida e à lei deixam em evidência aos organismos de justiça em Honduras, que covardemente guardam silêncio frente ao crime e os assassinos que vestem de púrpura, de seda o de verde oliva.
Sou vítima e testemunha desta brutalidade; sofremos todos os dias, contando o tempo e os meses no exílio, enquanto trabalho narrando ao mundo o que aconteceu e ao que estamos submetidos pelos desígnios perversos de uma oligarquia associada com o crime e com o império americano.
É inaceitável que os militares continuem tendo apoio dos Estados Unidos para sustentar aparatos de assassinos paramilitares como na década de oitenta, tornando os filhos de camponeses pobres, em máquinas de matar e em instrumentos de morte em contra de seus próprios irmãos.
Faço um chamamento enérgico ao regime militar, especialmente ao que dirige agora a política em Honduras, ao presidente norte-americano, Barack Obama, que no próximo mês estará em El Salvador, e que, além do mais, vocês sabem a forma em que fazia alarde dizendo que em Honduras havia um golpe de estado, e terminou apoiando o ditador, aquele que assassinou a democracia para que se realizasse uma fraude eleitoral, com estados de sítio e fechamento de meios de comunicação, crimes e repressão; – faço um chamamento para que nos deixem viver em paz, que nos deixem escolher o sistema em que queremos viver, para que cesse a repressão e o assassinato em contra de inocentes hondurenhos da resistência, só pelo crime de pensar diferente deles.
Sr presidente Obama: tenho certeza de que o povo norte-americano não aceita o apoio que o senhor dá a quem violenta os direitos humanos em Honduras. Saiba o senhor que enquanto estivermos vivos os integrantes desta resistência, em Honduras e no Departamento 19, não vamos claudicar nem esquecer jamais a sua responsabilidade neste estado de repressão em que vivemos, e vamos continuar lutando até que esta inaceitável situação mude definitivamente.
À oligarquia quero dizer que queremos viver em paz, que estes princípios e o dano que nos causaram estão na consciência de nossos filhos, e que vocês têm garantidos pelo menos 20 anos de luta exigindo justiça, vocês não conseguirão nos tratar de novo como se não fôssemos seres humanos.
A semente plantada em nossa luta pela independência e a liberdade deu frutos e, nesta Assembleia do FNRP, está lançando sólidas RAIZES.
Coincido com Mel em que não é momento de entrar em a teia de aranha do inimigo, nos somando a seu jogo. A liberdade se consegue lutando de frente; companheiros. Eles nunca nos darão nada. E a vitória não se consegue guardando silêncio por seus crimes e abandonando nossa luta.
Companheiros este não é o momento para começar uma luta entre nós mesmos. Este é um momento para nos unirmos; é um momento para nos encontrar e é neste sentido com o maior respeito das suas decisões, faço um especial reconhecimento e peço um aplauso para a equipe do FNRP e manifesto em meu nome e o de Mel seu apoio e respaldo a Juan Barahona exemplo de luta pelo povo hondurenho.
Para mim como mulher, estar hoje aqui é uma honra especial que a vida reserva a muito poucos seres humanos na nossa história. Tenho o orgulho de compartilhar com a FNRP neste momento de Refundação de Honduras para definir a luta por uma Assembleia Nacional Constituinte originária e aberta para restaurar a nossa democracia.
Obrigada à ONILH a nomeação como delegada dos povos originários desta terra, os povos indígenas aos que abraço fraternalmente.
Irmãos, daqui a cem anos os livros dirão que fomos muito duros, muito suaves, muito grandes, o muito pequenos. Isso depende de como escrevamos hoje esta história. O que quero é que lembrem que nesta luta, quando fomos chamados pro sacrifício para derrotar os covardes golpistas, as mulheres em resistência fomos as primeiras em falar PRESENTE!!!
Resistimos e venceremos
Xiomara Castro Zelaya
Ex-primeira dama
Delegada da Organização Nacional Indígena Lenca
Representante das Mulheres em Resistência.
Comissionada pelo coordenador geral JMZR
Versão em português: Tali Feld Gleiser
Estimadas compañeras y compañeros
Pueblo hondureño:
Desde mi posición de mujer y ciudadana luchadora permanente por los derechos del pueblo en resistencia y como delegada de los pueblos indígenas LENCAS; saludo la histórica y digna Asamblea del Frente Nacional de Resistencia Popular.
Las cosas que he vivido junto a ustedes en estos últimos 2 años son imborrables en mi corazón y en mi mente. El cerco militar en ALAUCA, en el Paraíso, los ultrajes que los militares cometieron contra el estado, contra el primer ciudadano del país y contra mi familia el 28 de junio, el asesinato y la tortura de Pedro Magdiel, de Wendy Ávila, de Isis Obed Murillo, los asesinatos de los maestros, campesinos, indígenas, los miembros de la comunidad LGTB, los periodistas y las torturas que sufrimos durante 4 meses en la embajada de Brasil, tanto dolor y sufrimiento es impensable olvidarlos.
Es indignante compañeros, que todos estos crímenes estén sin castigo, jamás podremos guardar silencio; y esta mañana les pido a todos los presentes que nos pongamos de pie y levantemos las manos para hacer un juramento en nombre de los caídos y de los familiares de las víctimas, juramos” No descansar jamás hasta que termine esta terrible impunidad y se capture y condene a los asesinos!!!. “
Todas estas violaciones a la vida y a la ley ponen en evidencia a los organismos de justicia en Honduras, que cobardemente guardan silencio frente al crimen y a los asesinos que se visten de púrpura, de seda o de verde olivo.
Soy víctima y testigo de esta brutalidad; sufrimos todos los días, contando el tiempo y los meses en el exilio, mientras trabajo relatando al mundo lo que aconteció y a lo que estamos sometidos por los designios perversos de una oligarquía asociada con el crimen y con el imperio americano.
Es inaceptable que los militares continúen teniendo apoyo de Estados Unidos para sostener aparatos de asesinos paramilitares como en la década de los ochenta, convirtiendo a los hijos de campesinas pobres, en máquinas para matar y en instrumentos de muerte en contra de sus propios hermanos.
Hago un llamado enérgico al régimen militar, especialmente al que dirige ahora la política en Honduras, al presidente norteamericano Barack Obama, quien el próximo mes estará en El Salvador, y que además ustedes saben la forma en que alardeaba diciendo que en Honduras había un golpe de estado, y terminó apoyando al dictador, al que asesinó la democracia para que se realizara un fraude electoral, con estados de sitio y cancelación de medios de comunicación, crímenes y represión. Hago un llamado para que nos dejen vivir en paz, que nos dejen escoger el sistema en que queremos vivir, para que cese la represión y el asesinato en contra de inocentes hondureños de la resistencia, solo por el delito de pensar diferente a ellos.
Sr. presidente Obama estoy segura de que el pueblo norteamericano no acepta el apoyo que usted le da a quien violenta los derechos humanos en Honduras. Sepa usted que mientras estemos vivos los integrantes de esta resistencia, en Honduras y en el Departamento 19, no vamos a claudicar, ni a olvidar JAMÁS su responsabilidad en este estado de represión en que vivimos, y vamos a seguir luchando hasta que esta inaceptable situación cambie definitivamente.
A la oligarquía quiero decirle que queremos vivir en paz , que estos principios, y el daño que nos han causado están en la consciencia de nuestros hijos, y que por lo menos 20 años de lucha exigiendo justicia los tienen garantizados, que no podrán volver a tratarnos como objetos o como que no fuéramos seres humanos .
La semilla sembrada en nuestra lucha, por la independencia y la libertad ha dado frutos, y en esta esta Asamblea del FNRP está echando sólidas RAÍCES.
Coincido con Mel en que no es momento de entrar en la telaraña del enemigo sumándonos a su juego. La libertad se consigue luchando de frente. Compañeros, ellos nunca nos darán nada; y la victoria no se consigue guardando silencio por sus crímenes y abandonando nuestra lucha.
Compañeros este no es el momento, para empezar una lucha entre nosotros mismos, este es un momento para salir unidos; es un momento para encontrarnos, y en este sentido con el mayor respeto a sus decisiones, hago un especial reconocimiento y pido un aplauso para el equipo del FNRP y manifiesto en mi nombre y en el de Mel; su aliento y respaldo a Juan Barahona ejemplo de lucha por el pueblo hondureño.
Para mí como mujer, estar hoy aquí es un honor especial que la vida reserva a muy pocos seres humanos en nuestra historia; me cabe el orgullo de compartir con el FNRP en esta hora de Refundación de Honduras, por definir la lucha por una Asamblea Nacional Constituyente originaria y abierta para restaurar nuestra democracia.
Agradezco a la ONILH la nominación como delegada de los pueblos originarios de esta tierra, los pueblos indígenas a quienes abrazo fraternalmente.
Hermanos dentro de cien años los libros dirán que fuimos muy duros, muy suaves, muy grandes, o muy pequeños, eso depende de cómo escribamos hoy esta historia; lo que quiero es que recuerden que en esta lucha, cuando se nos llamó para el sacrificio, para derrotar a los cobardes golpistas, las mujeres en resistencia fuimos las primeras en decir PRESENTE !!!
Resistimos y venceremos
Xiomara Castro Zelaya
Ex primera dama
Delegada de Organización Nacional Indígena Lenca
Representante de las Mujeres en Resistencia.
Comisionada por el coordinador general JMZR