“A desocupação só depende do reitor”

Nota da ocupação sobre a primeira reunião de negociação com a reitoria

Redirecionada por Vítor Breda.

Nesta sexta-feira, dia 26 de agosto, ocorreu a primeira mesa de negociação entre reitoria e estudantes para debater as reivindicações estudantis deliberadas em Assembléia Geral, que contou com a participação de mais de 700 estudantes e culminou na decisão de ocupação da reitoria, por tempo indeterminado. Essa reunião foi convocada pelos próprios estudantes em menos de 24 horas de ocupação mostrando, dessa forma, a disposição do movimento estudantil em seguir com as negociações iniciadas durante a vigília.

Após a reitoria divulgar em nota oficial que “as negociações foram encerradas unilateralmente” pelos estudantes, a comissão de negociação da ocupação se deparou com o fechamento de diálogo por parte da reitoria durante essa reunião. O posicionamento da reitoria em relação à ocupação foi de que não haverá mais negociações com os estudantes enquanto a situação permanecer desta forma.

A situação certamente não se resolverá pela tentativa da administração central de deslegitimar uma Assembléia tão expressiva. Ficou clara a tentativa de criminalização do Movimento Estudantil, inclusive pela iminente possibilidade de intervenção da polícia no campus.

É importante ressaltar que durante o período de vigília, e mesmo em assembléia geral, as “negociações” propostas pela administração central escondiam o fato de que o tal aumento para R$420,00 do valor da bolsa, ainda insuficiente, representava o corte do número de bolsas oferecidas, como ficou evidenciado no cancelamento do edital que abriria 150 novas bolsas. Ou seja, na verdade o tal aumento nada mais era do que uma redistribuição do orçamento destinado às bolsas permanência, e não um aumento efetivo do investimento na permanência estudantil.

            Exigimos um real aumento da bolsa permanência compensando o índice da inflação dos anos sem reajuste, o que significa um aumento imediato para R$ 470,00. Por esta razão os estudantes continuam ocupados na reitoria e a desocupação neste momento só depende do reitor.

            Desde já reforçamos que estaremos sempre abertos ao diálogo e solicitaremos novas reuniões de negociação com a administração central.

 

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