Violência machista

violencia machistaCronopiando por Koldo Campos Sagaseta.

(Português/Español).

Por falar ou calar, por denunciá-lo ou exculpá-lo, por sonhar ou se resignar, nunca deve faltar até o impedirmos, o insulto, a ameaça, o golpe de um macho ressentido e violento.

Por sair ou ficar, por obediente ou não submissa, por forte ou vulnerável, nunca deve faltar enquanto  consentirmos a discriminação, o estupro, a violência machista.

Por não se questionar, por revelar respostas, por amassar memórias, por ninar amnésias, é por ser mulher que é marginada, excluída e assassinada.

O autor do crime, de conhecidas senhas, é uma funesta ideologia que, uns mais e outras menos, ainda segue sendo parte de nossa convivência, ainda seguimos carregando.

E tudo isso acontece com a indolência de uma justiça que, frequentemente, exonera de culpa ao acusado com a desculpa de que foi provocado ou no entendido que até mereciam as consequências; com a cumplicidade de uns meios de comunicação que continuam amparando em crônicas e manchetes os chamados crimes passionais, e que conseguem em infames brigas domésticas seus maiores sucessos de audiência; com a indolência de uma Igreja que não tem mais sensata proposta, entre uns quantos infalíveis desvarios, que rezar e se arrepender e voltar a se arrepender; com o beneplácito de um Estado que sempre se vira para encontrar alguma nova prioridade, algum assunto urgente que não admita demoras em que dispor políticas e recursos; e com a indiferença de boa parte de uma sociedade que segue sem entender o que é que acontece ou, pior ainda, sem exigir respostas.

Tradução: América Latina Palavra Viva.

Violencia machista

 Cronopiando por Koldo Campos Sagaseta.

Por hablar o callarse, por denunciarlo o exculparlo,  por soñar o resignarse, nunca ha de faltar hasta que lo impidamos, el insulto, la amenaza, el golpe de un macho despechado y violento.

Por salir o quedarse, por obediente o insumisa, por fuerte o vulnerable, nunca ha de faltar mientras lo consintamos, la discriminación, la violación, la violencia machista.

Por no hacerse preguntas, por develar respuestas, por amasar memorias, por acunar amnesias, es por ser mujer que se la margina, que se la excluye y que se la asesina.

El autor del crimen, de conocidas señas, es una funesta ideología que, unos más y otras menos, aún sigue siendo parte de nuestra convivencia, aún seguimos cargando.

Y todo ello ocurre con la indolencia de una justicia que, frecuentemente, descarga de culpa al acusado so pretexto de que ha sido provocado o en el entendido de que las consecuencias hasta se lo merecían; con la complicidad de unos medios de comunicación que siguen amparando en crónicas y titulares los llamados delitos pasionales, y que logran en infames querellas domésticas sus mayores éxitos de audiencia; con la indolencia de una Iglesia que no tiene más sensata propuesta, entre unos cuantos infalibles desvaríos, que rezar y arrepentirse y volver a arrepentirse; con el beneplácito de un Estado que siempre se las ingenia para encontrar alguna nueva prioridad, algún asunto urgente que no admita demoras en el que disponer políticas y recursos; y con la indiferencia de buena parte de una sociedad que sigue sin entender qué pasa o, peor aún, sin demandar respuestas.

Imagem: http://lapapeleraelectronica.blogspot.com/

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.