União Europeia barra importação de carne de investigados pela PF

A União Europeia decidiu suspender nesta segunda-feira (20) a importação de carne de todas as empresas brasileiras que tem envolvimento com a operação “Carne Fraca”.

Ainda nesta manhã, a Coreia do Sul também já havia decidido proibir temporariamente a venda de produtos de frango da BRF, das marcas Sadia e Perdigão.

Ao todo, são mais de 30 empresas investigadas por suspeita de participação no esquema de corrupção para liberar a venda de carne estragada e com outras irregularidades no país, incluindo a BRF e a JBS, das marcas Friboi e Seara.

A economia brasileira é movimentada principalmente pelo setor, que é o responsável por US$ 12 bilhões em exportações por ano.

Temer reuniu embaixadores

A suspensão acontece após uma reunião do presidente Michel Temer, na véspera, com os embaixadores de 33 países. De acordo com o Palácio do Planalto, os embaixadores da União Europeia e da Coreia do Sul estavam presentes.

Na reunião, Temer apresentou números para mostrar que os casos investigados pela PF são excepcionais e não comprometem o sistema brasileiro de fiscalização.

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) criticou a PF pelo que ele chamou de “erros técnicos” cometidos na operação. Segundo ele, a polícia entendeu que alguns frigoríficos adotaram práticas proibidas, mas na verdade, elas são permitidas pela regulamentação do setor.

Após o encontro, Temer convidou os embaixadores para participar de um churrasco em uma das mais procuradas casas de Brasília (DF), o Steak Bull (N. da R. que só oferece carne importada).

Operação Carne Fraca

A operação foi deflagrada pela PF na sexta e é considerada a maior de sua história. Ela revelou que cerca de 30 empresas do setor, incluindo as gigantes JBS, dona da Friboi e da Seara, e a BRF, adulteravam a carne que vendiam nos mercados interno e externo.

De acordo com a PF, auditores fiscais do ministério da Agricultura recebiam propina, em dinheiro, lotes de carne ou presentes, para fazer vista grossa nas fiscalização e liberar a venda de carne irregular.

Fonte: Gazeta Online.

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