UNALGBT repudia preconceito e morte violenta no Metrô de SP

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A violência contra a população LGBT é diuturna, nem sempre noticiada pelos grandes meios, mas sentida na pele, literalmente, pela comunidade LGBT e por aqueles que respeitam e defendem a vida dessas pessoas. O Relatório de Violência Homofóbica, de 2012, realizado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, é a prova cabal da existência de uma caçada às mulheres e homens que não estão de acordo com os padrões de naturalidade estabelecidos pelo patriarcado, e estimulados pelas bancadas fundamentalistas espalhadas por todo país.
Está claro que esta onda não atinge somente as pessoas LGBT, mas também os que estão à sua volta, ou tentam de alguma forma defendê-las, foi o que aconteceu com o seu Luis. São inúmeros os casos das pessoas não-LGBT atingidas por esta mesma expressão de ódio e intolerância, tal como o caso do pai e filho que foram espancados sob a justificativa de que “pareciam” um casal homossexual.
Os assassinos e agressores do metrô, Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins, foram presos hoje pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, fruto das gravações das câmeras e também da comoção popular ao realizar denúncias anônimas, auxiliando o trabalho de investigação. Queremos ponderar que, tantos outros agressores e assassinos continuam a perseguir e violentar estas pessoas, certos da impunidade, causada pela falta de uma lei que criminalize a violência LGBTfóbica no território nacional, e portanto sem prestarem contas à Justiça.
O assassinato do ambulante Luis é a representação extrema da violência que se multiplica a cada minuto em nosso país, o ódio e a violência contra as pessoas negras, indígenas, mulheres, LGBT, em situação de rua, comunidades tradicionais, afroreligiosos, ou seja, o Brasil precisa urgentemente dar respostas eficazes à essa onda racista, lgbtfóbica, machista e intolerante com políticas intersetoriais e transversais que combatam o ódio e a violência e garantam uma sociedade com igualdade de oportunidades onde as pessoas tenham resguardado o seu direito à sua identidade, afetividade e integridade física.
Fazemos um apelo, para que todas e todos que presenciarem qualquer cena de agressão contra mulheres, negras e negros e pessoas LGBT que denunciem o mais rápido possível através do disk 100, 181 ou 190.
Queremos o Direito de Amar Sem Temer!!!


Fonte Vermelho.org

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