UFRJ elege, pela primeira vez, em 100 anos, uma mulher como reitora

Fotro: Reprodução Facebook Chapa 10

Por Suzana Camargo.

Enfim, começamos a semana com uma ótima notícia. Em meio a tantas loucuras que andam acontecendo no Ministério da Educação, uma excelente novidade vem da capital fluminense: foi eleita na semana passada a primeira reitora – mulher – da história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que completa, no ano que vem, 100 anos.

A professora Denise Pires de Carvalho fazia parte da Chapa 10 (#ufrjvaiserdiferente), ao lado do também professor Carlos Frederico Rocha. Eles foram os vencedores na pesquisa feita na comunidade universitária para escolha da nova reitoria da UFRJ. No total, foram pouco mais de 20 mil votos. A chapa conquistou quase 9.500 deles.

Denise é professora titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ). Leciona nos cursos de graduação da área da saúde e nos programas de pós-graduação em Medicina (Endocrinologia) e Ciências Biológicas-Fisiologia da UFRJ. Tem pós-doutorado pelo Hôpital de Bicêtre (Paris) e pelo Università Degli Studi di Napoli (Itália).

Ela também já foi diretora e vice-diretora do IBCCF/UFRJ, coordenadora acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação (PR-1/UFRJ), além de diretora adjunta de graduação e pós-graduação.

“É muito emocionante esse momento, principalmente porque a comunidade acadêmica se mobilizou muito. Foram muitos votos de estudantes, técnicos, professores que acreditaram e acreditam no nosso projeto”, disse ela, em vídeo divulgado na página da chapa no Facebook. “Um projeto inovador de aumentar o diálogo, de democratizar ainda mais a universidade, que deve permanecer pública, gratuita e de qualidade”.

Assim como em outras universidades federais do país, agora o nome de Denise Pires de Carvalho será encaminhado, juntamente com outras duas recomendações, ao Ministério da Educação e depois, ao Presidente da República.

Se o nome da professora for confirmado, ela assumirá a reitoria para o quadriênio 2019 – 2023.

Pela frente, há um enorme desafio para a primeira mulher a administrar a UFRJ, a primeira universidade do Brasil. O ensino público do país carece de investimento em infraestrutura e valorização de seus profissionais.

Espera-se agora, que com uma gestão feminina, à frente de um dos principais centro de estudo, conhecimento e pesquisa brasileiro, consiga-se, finalmente, se dar a real importância à educação para o desenvolvimento econômico e social de nossa nação.

Para quem estiver interessado, aqui estão as propostas da Chapa 10.

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