Uber registra milhares de casos de agressão sexual nos EUA

É a primeira vez que a Uber divulga relatório sobre incidentes durante viagens encomendadas pelo seu aplicativo

Imagem: Via Carta Capital.

Por Deutsche Welle.

A plataforma de transporte de passageiros Uber revelou na quinta-feira 05, que foram registradas quase 6 mil denúncias de agressões sexuais por clientes, motoristas e terceiros nos Estados Unidos entre 2017 e 2018.

É a primeira vez que a Uber divulga relatório sobre incidentes durante viagens encomendadas pelo seu aplicativo. A plataforma de transporte de passageiros Uber revelou nesta quinta-feira 05 que foram registradas quase 6 mil denúncias de agressões sexuais por clientes, motoristas e terceiros nos Estados Unidos entre 2017 e 2018

A empresa afirma que o número de incidentes é relativamente reduzido, se considerado o universo de 2,3 bilhões de viagens realizadas nos dois anos pesquisados. “Embora essas denúncias sejam raras, cada denúncia representa um indivíduo que decide expor uma experiência intensamente dolorosa”, disse a Uber. “Mesmo uma única denúncia já é demais.” A empresa afirmou que triplicou o tamanho de sua equipe de segurança desde 2017, adicionando um novo recurso de segurança, um “botão de emergência no aplicativo”, e realizando “verificações de antecedentes mais rigorosas” entre os motoristas.

É a primeira vez que a Uber divulga este relatório. A empresa e sua principal rival americana, a Lyft, estão sob crescente pressão para lidar com o número cada vez maior de reclamações feitas pelos clientes a respeito de abusos.

Na quarta-feira, 20 mulheres entraram com ações em um tribunal em São Francisco contra a Lyft por agressões sexuais ou violações que ocorreram em veículos com motoristas afiliados à empresa da Califórnia. Outras 14 queixas semelhantes foram registradas em setembro. As ações levaram as duas empresas a implementar várias medidas para melhor garantir a segurança dos passageiros.

Mortes em veículos da Uber

O relatório da Uber também afirma que 107 pessoas perderam a vida devido a acidentes em 2017 e 2018, durante viagens solicitadas a partir do seu aplicativo. E 19 pessoas foram mortas em agressões relacionadas a viagens da Uber nesses dois anos. Delas, oito eram passageiros e sete, motoristas, enquanto os restantes eram terceiros, incluindo transeuntes.

No mês passado, o organismo regulador do transporte público de Londres suspendeu por tempo indeterminado a licença para a empresa operar na cidade, apontando “várias violações que têm colocado os passageiros e a sua segurança em risco”.

 

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