Tubos de imagem já podem ser reciclados em Florianópolis

Por Emanuelle Gomes.

Tubos de imagem CRT (tubo de raios catódicos), que ainda não tinham destinação correta na Capital, agora podem ser reciclados sem causar prejuízos ao meio ambiente e aos seres humanos. A Metarreciclagem, organização não-governamental que incentiva o descarte correto do lixo eletrônico, desenvolveu uma máquina inédita no país que ajuda a separar os componentes dos tubos, para que possam ser encaminhados às indústrias de processamento e reaproveitados.

O equipamento custou R$ 6 mil, com o patrocínio da Eletrosul. A única máquina parecida no Brasil fica em São Paulo, foi importada da Suíça e custa em torno de R$ 40 mil.

Em apenas um dia de uso, é possível trabalhar com 200 tubos. Manualmente, o operador quebra o vidro atrás do tubo, que contém chumbo, com uma matriz de metal. Após isso, com aspirador de pó convencional, o fósforo contido na tela é aspirado. Só então a estrutura de cádmio é retirada. “Como é simples, de alta produtividade e com baixo custo, a máquina poderia ser usada em cooperativas de recicladores. A intenção é mostrar que o problema do lixo eletrônico tem solução”, afirmou Edson Alves, coordenador da Metarreciclagem. Alves pretende fazer parcerias com a iniciativa privada para construção de novas unidades da máquina.

Segundo o coordenador da ONG, todo o vidro retirado dos tubos é recolhido por uma empresa de Içara, no Sul do Estado, que faz o processamento e encaminha o material para empresas de cerâmica ou tinta. O cádmio será exportado para a China para processamento. O plástico, alumínio e outros materiais também são vendidos e, posteriormente, reciclados. “A gente consegue R$ 30 por tonelada de vidro, por exemplo. A venda de todos os componentes não representa muita coisa, mas dá para pagar a equipe que trabalha na quebra dos tubos e algum custo de coleta de equipamentos”, explicou Alves.

Equipe recolhe 600 tubos por semana

Durante três anos, desde o surgimento da Metarreciclagem, foram recolhidos 600 tubos de imagem. Todos já foram quebrados e tiveram seus componentes separados em apenas quatro dias. Hoje, a equipe recolhe de 500 a 600 tubos por semana. Em um mês, Edson Alves acredita que 4.400 tubos sejam processados, gerando cerca de 10 mil quilos de chumbo, altamente tóxico para seres vivos.

A máquina projetada pela Metarreciclagem, em parceria com engenheiros e outros profissionais, será lançada nesta quarta-feira (6), em evento na Eletrosul. Além do lançamento, haverá “Painel Desafios e Limites da Coleta Seletiva e Reciclagem”, que faz parte da Semana do Meio Ambiente da empresa. Representantes da Eletrosul, Comcap, UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Associação de Catadores e do Ministério Público estarão presentes e devem falar sobre o tema.

Fonte: http://www.ndonline.com.br/

2 COMENTÁRIOS

  1. Boa tarde , gostaria de entrar em contato com a usina de reciclagem de tubos de imagem , tenho interesse no equipamento de descontaminação sou do interior de Minas Gerais

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