Tribunal Russell denunciou crimes de guerra na Palestina

Tribunal Russel

A sessão do Tribunal Russell sobre a Palestina realizada em Bruxelas, no Parlamento Europeu, terminou com um apelo à União Europeia para que adote medidas restritivas contra Israel, especificamente a suspensão do acordo de associação UE-Israel, um amplo embargo de armas, e a defesa e implementação das recomendações do Tribunal de Justiça Internacional de 2004 acerca da legalidade do Muro nos territórios ocupados.

Marisa Matias: foram cometidos crimes de guerra

A deputada europeia Marisa Matias, do Bloco de Esquerda e do Grupo da Esquerda Unitária/ Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) destacou que o Tribunal tem como função levar ao conhecimento do mundo os factos sobre a Palestina, dando voz aos que não foram ouvidos. “O Tribunal mostrou que foram cometidos crimes de guerra e não é nada menos que o extermínio do povo palestiniano. Isto é genocídio, tal como a lei internacional o define”.

“O Tribunal mostrou que foram cometidos crimes de guerra e não é nada menos que o extermínio do povo palestiniano. Isto é genocídio, tal como a lei internacional o define”, disse Marisa Matias

Para a eurodeputada Martina Anderson, “foi chocante tomar conhecimento da diretiva Hannibal, do Exército israelita, e de outras táticas desumanas praticadas pelos israelitas em Gaza neste Verão. Para não falar da impunidade dos líderes culturais, políticos, académicos e religiosos de Israel quando incitam ao ódio aos palestinianos”.

Ken Loach e Roger Waters

Membros do Júri do Tribunal, como o cineasta Ken Loach, a ativista indiana Vandana Shiva e o advogado de direitos humanos Michael Mansfield falaram na sessão do Parlamento Europeu, tal como testemunhas como o jornalista israelita David Sheen, o jornalista americano Max Blumenthal, e o jornalista palestiniano Mohamed Omer. O músico Roger Waters encerrou a sessão.

O Tribunal Russell sobre a Palestina foi criado em 2009 para examinar o papel e a cumplicidade de governos, instituições e corporações nas violações da lei internacional cometidas por Israel contra o povo palestiniano. A sessão de Bruxelas investigou os crimes de Israel em Gaza durante a “Operação Escudo Protetor”.

Fonte: Esquerda.net

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