Trabalhadores protestam em Brasília nesta quarta por política econômica com desenvolvimento

Foto: Rodrigo Pilha.

São Paulo –Trabalhadores de várias categorias vão protestar nesta quarta-feira (30), em Brasília, para cobrar mudanças na política econômica e pedir uma agenda de desenvolvimento para o país. O ato, marcado para as 10h, deverá receber caravanas de outros estados, com bancários, metalúrgicos, petroleiros, professores e servidores públicos, entre outros, e também desempregados. O chamado Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos é convocado por centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. A concentração será no Teatro Nacional, seguida de passeata até a Esplanada dos Ministérios e ao Congresso.

Em entrevista na semana passada, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que o objetivo do ato é chamar a atenção para o fato de que o país está no rumo errado – e que, se mantido, vai comprometer o futuro. “Se a população já percebeu que o Bolsonaro não é uma pessoa em condições de governar o país, o (ministro) Paulo Guedes não é uma pessoa em condições de dirigir a economia. Se ele levar a cabo seu plano de abertura comercial, esse liberalismo exacerbado, vai comprometer o futuro. O país precisa mudar de rota.”

Recentemente, as centrais, com elaboração do Dieese, atualizaram a chamada agenda do desenvolvimento, destacando 23 itens para que o país retome o rumo do crescimento econômico com justiça social. Segundo Sérgio Nobre, eleito há 20 dias para a presidência da central, apenas com investimento público o país voltará a crescer. “Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, em especial BNDES e das empresas estatais, como fez a Petrobras que ao decidir pela construção de plataformas no Brasil recuperou o setor naval brasileiro, gerando milhares de empregos”, argumenta.

A secretária-adjunta de Relações de Trabalho da CUT, Amanda Corsino, diz que a presença de desempregados na manifestação ajuda a mostrar que a venda de estatais não atinge apenas uma categoria específica, mas toda a população, prejudicada com aumento de tarifas e piora no atendimento. “O trabalhador que não puder ir, avise a família e os amigos desempregados sobre a importância da participação deles. Estamos defendendo a soberania nacional e isso passa pela manutenção das empresas públicas. Este governo estagnou a economia, não gera emprego, nem renda e o problema não é só dos trabalhadores das estatais, é de todo brasileiro que vai pagar a conta”, diz Amanda, também presidenta do Sintect-DF, o sindicato dos trabalhadores nos Correios do Distrito Federal.

As manifestações no Chile e o resultado da eleição na Argentina são fatores que animam também os sindicalistas brasileiros, ao apontar que a população deseja outro rumo. “No dia 30 de outubro daremos um recado a Bolsonaro e ao Paulo Guedes de que este país e as empresas estatais são dos brasileiros e das brasileiras e que não abrimos mão do patrimônio do povo brasileiro e do nosso futuro”, afirma o presidente da CUT, com mais uma convocação: “Quem é normal e não acredita que a Terra é plana tem de ir pra rua no dia 30 e participar das mobilizações”.

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