Temer trai acordo com Argentina e facilita ocupação nas Malvinas

A ex-embaixadora da Argentina no Reino Unido, Alicia Castro, e o parlamentar Guillermo Carmona, integrante da Comissão de Relações Exteriores, denunciaram que o governo de Michel Temer traiu acordos bilaterais com o país para permitir que aviões britânicos fizessem paradas técnicas no Brasil para seguir voo até as Malvinas.

Ao fornecer estrutura para a Força Real Britânica, Temer trai acordos firmados no âmbito da integração regional

“Temer está fazendo, em tempos de paz, o mesmo que Pinochet fez em tempos de guerra. Fornecer logística e estrutura aeroportuária com o silêncio do governo argentino”, afirmou o parlamentar em alusão à Guerra das Malvinas (1982), quando o então presidente do Chile, o ditador Augusto Pinochet, deu apoio logístico para a Inglaterra consolidar sua ocupação na Argentina.

De acordo com a embaixadora, a atitude de Temer viola os acordos consolidados há anos entre os dois países que integram o Mercosul e a Unasul e trata-se, portanto, de um grave desgaste das relações exteriores.

Diferente dos governos de Néstor e Cristina Kirchner, o presidente Maurício Macri não está interessado em defender a reintegração das Malvinas ao território argentino, pelo contrário, logo no início de seu governo afirmou que não entraria nesta disputa. Neste sentido, a chanceler de seu país, Susana Malcorra, mantém silêncio com relação à atitude do Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que conduz a ministra Susana Malcorra, teria conhecimento do fato, porém ficou em um silêncio mais do que preocupante para os interesses da soberania argentina.

Para a embaixadora, diante desta violação dos compromissos firmados pelos países do Mercosul, a Argentina deveria rechaçar a atitude do Brasil de fornecer estrutura para a Força Real Britânica. “O Brasil é conivente com a militarização crescente no Atlântico Sul”, denuncia.

A embaixadora também lamenta que a defesa da soberania argentina nas Malvinas tenha deixado de ser “uma causa regional”. Isso porque “Macri e Temer são a gentes da desintegração do continente”.

Do Portal Vermelho, com agências

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