Sinpro/Caxias inova e protesta contra as reformas no Carnaval

Fotos: Rose Brogliato, Milene Rostirolla e Tânia Silveira. 

Vídeo: Voxmidia Comunicação com registros pessoais de vários participantes postados nas redes sociais

Com irreverência e em busca de apresentar a sociedade suas lutas contra as mudanças e retirada de direitos dos trabalhadores, o Sinpro/Caxias colocou o bloco na rua no domingo, 26 de fevereiro. A concentração começou ao meio-dia nas imediações da livraria O Arco da Velha e seguiu no fim da tarde para a Estação Férrea, junto ao Bloco da Velha.

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Segundo a direção sindical, os trabalhadores têm sido vítimas de uma agenda de retrocessos. Os professores entendem que este é um momento em que todas as categorias devem se unir para evitar mais perdas. A ideia de participar do Carnaval com o bloco “Não é reforma, é o fim!” faz parte de uma campanha que segue até o dia 15 de março.

“Fizemos uma extensa programação que iniciou no dia 24 de fevereiro. O objetivo é mobilizar a categoria para o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, no dia 15 de março. Montamos o bloco justamente para mostrar nossa insatisfação e descontentamento com o governo. Queremos alertar os deputados e senadores que o voto deles está sendo observado. Haverá consequências nas próximas eleições,” alerta Olga Neri de Campos Lima, coordenadora de comunicação do Sinpro/Caxias.

Conforme Olga, o que está em risco é o fim da previdência e da aposentadoria. “É importante nos conscientizarmos de que a luta é agora ou não teremos mais nenhuma forma de sobrevivência digna quando estivermos velhos, depois de trabalhar uma vida inteira. Ir às ruas é a forma de defender e garantir nossos direitos ou os políticos continuarão usufruindo de uma gama de privilégios pagos pelos trabalhadores, enquanto estes estarão na rua da amargura, sem direitos,” completa.

Utilizar o evento festivo é uma forma de atingir um maior número de pessoas. “O objetivo é envolver a comunidade de forma divertida e prazerosa, apontando para a questão das reformas que estão a caminho, como a Reforma da Previdência, da CLT e do Ensino Médio. O Carnaval é um momento que congrega e reúne muitas pessoas, assim o bloco é uma ótima ferramenta para apresentar nossas pautas e lutas,” diz Liane Kolling, professora e dirigente do Sinpro/Caxias.

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O sindicato se empenhou em mobilizar os professores para a participação. Distribuiu camisetas com o slogan da campanha, desenvolveu uma marchinha e conseguiu atrair um bom número de adeptos, mesmo se tratando de um final de semana em que tradicionalmente as pessoas vão ao litoral aproveitar o verão. “Tentamos engajar o maior número de colegas e fizemos uma parceria com o Sindiserv, chamando-os a participar desse momento,” completou Liane.

Conforme Ramon Tissot, historiador e professor, também dirigente do Sinpro/Caxias, “participar dessa atividade no Carnaval e ocupar o espaço que historicamente tem um sentido político bem relevante se faz necessário neste momento. São inúmeros ataques aos direitos dos trabalhadores. A palavra de ordem é unir forças para resistir a estas reformas que significam o fim de muitos de nossos direitos. O sindicato dos professores conta com um histórico de lutas bem consistente e tem o papel de alertar o público do risco que todos estão correndo. Falta esclarecimento das mudanças por parte do governo que oculta informações. A constituição de 1988 é bem clara, ela representa um pacto de formação de um estado social no Brasil e o que está sendo proposto é rompimento desse pacto”, denuncia.

Já a professora Cristiane Guazzelli Boschi, integrante da diretoria sindical, destaca que “precisamos lutar pela garantia dos direitos do coletivo, por esse motivo estamos participando, aqui é a oportunidade estamos unindo o útil ao agradável.”

Para Nádia Pinto Bento Alves, professora há 28 anos e dirigente do Sinpro Caxias, “o bloco é uma opção para podermos lutar pela garantia de nossos direitos em meio à festa. Uma tentativa de conscientização da população para a reforma da previdência, onde trabalharemos até a morte. As pessoas não estão refletindo sobre o que significa de verdade essas mudanças, parece que não caiu a ficha ainda. Nosso intuito é chamar a atenção e torcer para que se unam na luta contra todos os retrocessos.”

Cerca de 200 professores das redes privada e pública participaram, misturando-se ao Bloco da Velha, que reuniu este ano 40 mil foliões em Caxias do Sul.

Assessoria de Imprensa

Rose Brogliato | MTB 11.004

Colaboração: Milene Rostirolla

(54) 8133.9930

 

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