Simbologia e ditadura

Por Orlando Balbás, de Cumaná, Venezuela, para Desacato.info

A chegada ao parlamento nacional do Presidente da Assembleia, acompanhado pelo encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos para o ato de instalação do poder legislativo, tem uma metamensagem diluída na euforia de militantes assoberbados de triunfo e de ódio. A aliança opositora com um governo prepotente e invasor, imperial e terrorista como o ianque está plasmada na imagem insultante do servil e o amo. Desastrado e infeliz cenário que reflete a macabra ideia do golpe institucional ou parlamentar desde antes do juramento dos deputados da direita que agora são maioria no órgão legislador na República Bolivariana da Venezuela.

Um dos primeiros anunciados pela Assembleia Nacional é a aprovação de uma lei de anistia, conhecendo muito bem esta decisão trará um conflito de poderes muito tenso e perigoso. Primeiro, pelas diferentes causas que pesam nas sentencias dos chamados “presos políticos” ou “políticos presos”. Tomando em conta que há, desde terrorismo, incitação à violência, assassinatos e delitos por corrupção.

Sem dúvida, a Assembleia Nacional é um bastião político estratégico para declarar a ofensiva política contra o Governo Bolivariano. A potestade de dissolver a assembleia, perante atos de desobediência, é uma potestade do Executivo Nacional, mas, isso procura a direita venezuelana para iniciar uma campanha internacional contra nosso país e se declare à nação venezuelana, de parte dos organismos internacionais, num estado foragido para justificar a intervenção militar estrangeira.

A intervenção militar não só seria por uma causa simplesmente econômica. O fundamental para o império gringo é reduzir a consciência nacionalista e patriota, massacrando milhares de venezuelanos, buscaria empobrecer ainda mais à Venezuela com a guerra, criar um caos total e nos faria mais dependentes e atrasados. Dever lembrar-se que nosso território tem sido um foco de irradiação de movimentos de libertação nacional e governos soberanos.

O colocado pelo setor da direita é dissolver absolutamente todos os poderes, tomá-los e dali, refazer as relações comerciais, militares e políticas como governo dos Estados Unidos, converter-nos de novo no seu quintal dos fundos. O mundo multipolar ideado pelo Presidente Chávez quer ser freado para fortalecer a hegemonia unipolar norte-americana.

Ao retirar da Assembleia Nacional do Libertador Simón Bolívar, do Comandante Chávez e do Presidente Nicolás Maduro e com o juramento de três deputados impugnados no Estado de Amazonas, novamente se desconhecem os outros poderes e se assinala com a intencionalidade irrefutável de tirar o Presidente da República por referendum ou utilizando qualquer via não constitucional. Amanhecerá e veremos; a Força Armada Nacional tem uma grande prova para demonstrar de que lado está.

Versão em português: Raul Fitipaldi, de América Latina Palavra Viva – Traduções, para Desacato.info

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