Série de ataques a mulheres no réveillon choca a Alemanha

Mulheres foram roubadas e assediadas sexualmente por homens jovens em frente à estação central de Colônia; polícia registra 90 casos

Por Deutsche Welle

Uma série de assaltos e ataques sexuais a mulheres nas imediações da estação central de Colônia, durante a noite de réveillon, causou indignação e revolta em toda a Alemanha. Mais de 90 mulheres apresentaram queixa à polícia até o meio-dia desta terça-feira 5.

De acordo com a polícia, cerca de mil homens se reuniram na noite de réveillon no largo em frente à estação central e ao lado da Catedral de Colônia, um dos principais pontos turísticos da Alemanha. Testemunhas relataram que eles eram jovens, estavam alcoolizados e, pela aparência, seriam oriundos de países árabes ou do norte da África.

Do grupo maior formaram-se grupos menores, de cerca de cinco homens, que cercavam mulheres e as ameaçavam ou molestavam. A polícia local falou em delitos sexuais em larga escala e pelo menos um caso de estupro. Também foram registrados vários roubos de bolsas, celulares e carteiras. Cinco suspeitos foram detidos no local.

A prefeita da cidade de Colônia, Henriette Reker, convocou uma reunião de emergência para a tarde desta terça-feira. Ela declarou à imprensa local que casos como os relatados não serão tolerados. O chefe da polícia local, Wolfgang Albers, disse que a série de ataques constitui “uma dimensão totalmente nova de crimes”.

Em Hamburgo, mulheres também foram assediadas e roubadas por grupos de homens jovens na véspera de Ano Novo. De acordo com a polícia, foram registrados nove ataques na região do bairro de St. Pauli, famoso pelos seus bares e clubes noturnos. Segundo as autoridades, as vítimas, mulheres entre 18 e 24 anos, foram abordadas por grupos de homens de aparência árabe ou norte-africana, tendo sido tocadas em regiões íntimas ou roubadas.

O ministro da Justiça, Heiko Maas, chamou os ataques de covardes e abomináveis e disse que todos os criminosos devem ser identificados e punidos. Para ele, trata-se de uma nova dimensão de criminalidade organizada. “Não devemos permitir que pessoas nas nossas cidades sejam expostas de forma indefesa à violência gratuita”, afirmou.

Fonte: Carta Capital

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