Se as cercas se aproximam o apoio também

Por Comissão de Comunicação do Comitê de Solidariedade às Comunidades dos Areais da Ribanceira.

Foto: Pepe Pereira dos Santos.
Na iminência de serem despejados das terras onde vivem e trabalham os agricultores da ACORDI e os moradores da Portelinha realizaram Assembléia Popular na noite de 5 de agosto. Contaram com a presença e a solidariedade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, da Agenda 21, da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, de estudantes da Universidade Federal do Estado de Santa Catarina, de sindicalistas de Imbituba, Florianópolis e Criciúma, além de representantes do Partido Comunista Brasileiro, do Partido Democrático Trabalhista, do Partido dos Trabalhadores e da Corrente Comunista Luís Carlos Prestes.

A Assembléia foi fervorosa e animou os espíritos para a resistência. Os imbitubenses relataram muitos dos sofrimentos gerados pelo projeto industrial na cidade. O trabalhador Braulino contou que no tempo em que foi operário da Indústria Carboquímica  na cidade desenvolveu câncer pelo contato com ácido sulfúrico e outros. O trabalhador ainda elencou uma dúzia de companheiros da Indústria que também foram vitimados pelo câncer, além de outros que já morreram pelo mesmo motivo. E ainda informou que produtos recém chegados da Votorantim ao porto de Imbituba causaram estragos nas pinturas de carros de pescadores que estavam próximos.

Pelo exposto e por todo histórico de destruição que causam tais indústrias a Assembléia repudiou a instalação de uma fábrica de cimento da Votorantim na cidade. Em seguida foram encaminhadas as atividades de resistência. Mas a tônica principal foram os encaminhamentos da Assembléia para a reunião da Comissão de Negociação com prefeito municipal e o empresário que reclama a propriedade dos Areais da Ribanceira, à ser realizada na manhã desta sexta-feira, 6 de agosto.

A Assembléia fortaleceu a união entre todos os trabalhadores que permanecem acampados e vigilantes na sede da ACORDI.

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