José Cipriano recebe homenagem de artistas plásticos josefenses

Por: Michelle Dias

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Assim como existem diversas interpretações de uma obra de arte, existem diversas possibilidades de releituras dessa obra. Dessa forma, os membros da Confraria Josefense de Artistas Plásticos (Conjap) resolveram homenagear José Cipriano da Silva com releituras de suas obras.

A exposição “Sob o Olhar de Cipriano” pode ser apreciada até o dia 10 de outubro no Espaço Cultural do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), de segundas às sextas-feiras, das 9 às 19 horas.

As 25 pinturas em exposição possuem técnicas variadas e evidenciam uma síntese das obras do artista, de 78 anos, natural de São José e que tem Florianópolis e região como suas grandes paixões. Ao todo, 14 artistas contribuíram para a exposição. Além dos integrantes da Conjap, outros cinco pintores foram convidados. Entre as variadas técnicas aplicadas nas pinturas, está a de óleo sobre a tela, o uso de tintas acrílicas e técnicas como a de colagem utilizando juta, renda e chapéu de palha.

Cipriano iniciou sua trajetória nas artes muito jovem produzindo histórias em quadrinhos e charges à época publicadas no extinto jornal O Estado. Construiu sua carreira na arquitetura e, em 1996, resolveu dedicar-se à pintura. De lá para cá, o artista reproduz as paisagens e a arquitetura da região da Grande Florianópolis.

Feliz em receber essa homenagem, José Cipriano revela que é uma honra ter seu trabalho reconhecido por artistas da confraria a qual ele ajudou a fundar (Cipriano também foi o criador da Academia Desterrense de Artistas Plásticos). “Acho que nenhum artista daqui recebeu uma homenagem como esta em vida. É muito importante ter esse reconhecimento e receber esse carinho”.

Ju Costa, presidente da Confraria Josefense de Artistas Plásticos, afirma que esta é uma maneira de ressaltar a “importância de Cipriano e de como suas obras se tornaram significativas para o resgate da história, do folclore e da cultura de nossa cidade”.

Projetos futuros

Com 537 obras catalogadas, Cipriano continua retratando as paisagens e arquitetura da Grande Florianópolis e tem em sua casa um Centro Cultural aberto à visitação. Ele produz obras por encomenda e lançou, este ano, o livro “São José – Cidade Imperial”, em homenagem à sua cidade natal. Para o ano que vem, pretende escrever uma autobiografia e realizar uma exposição homenageando Florianópolis, cidade que mora desde os cinco anos de idade.

A intimidade e a experiência com arquitetura lhe rendem trabalhos dirigidos, como mosaicos em prédios da cidade, projeto incentivado pela Lei Municipal nº 3255, para a implantação de pinturas, murais e esculturas nas edificações acima de mil metros quadrados. Algumas parcerias com arquitetos também lhe rendem a encomenda de quadros e telas particulares.

Fonte: Agência ALESC

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