Rússia, Índia e China querem mudanças na gestão econômica

 

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou nesta segunda-feira (2), durante um encontro com o seu colega russo Serguei Lavrov e a indiana Sushma Swaraj, que Pequim, Moscou e Nova Deli defendem fortemente uma participação mais significativa dos países em desenvolvimento na gerência da economia mundial e a reforma urgente do Fundo Monetário Internacional, prometida há mais de quatro anos.

Segundo o chanceler chinês, os mercados emergentes desempenham um papel muito importante no cenário internacional, e, por esse motivo, eles também devem ter direito a tomar decisões sobre o rumo da economia global.

Em novembro de 2010, na 5ª reunião de cúpula do G-20, em Seul, os líderes das principais economias mundiais concordaram em rever as políticas de cotas do FMI, a fim de dar mais espaço aos países em desenvolvimento.

Para ser implementada, no entanto, a mudança ainda depende de uma aprovação do Congresso dos Estados Unidos, país que tem quase 17% de poder de voto no FMI, enquanto a China, por exemplo, tem menos de 4%. Apesar das pressões internacionais para que os parlamentares dos EUA aprovem a reforma, inclusive da própria diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, a oposição dos republicanos, que têm maioria na Câmara dos Deputados, tem impedido qualquer chance de negociação.

Terrorismo

Os chanceleres da China, Rússia e da Índia realizaram divulgaram um comunicado conjunto após a reunião realizada, em Pequim, nesta segunda-feira. No documento, as três partes pediram que seja concluído o mais rápido possível as negociações sobre o Pacto contra o Terrorismo.

Os chanceleres reafirmaram que a consciência, religião, política, raça, e etnia ou quaisquer outros fatores não podem ser razões de execução de atividades terroristas. Todas as partes apontaram que os terroristas, financiadores e seus apoiadores devem ser sancionados pela lei.

China e Índia

O presidente chinês, Xi Jinping, se encontrou nesta segunda-feira em Pequim com a ministra das Relações Exteriores da Índia, Sushsma Swaraj.

Na ocasião, Xi Jinping salientou que os avanços constantes das relações sino-indianas dependem do reforço de confiança mútua e dos consensos alcançados nas grandes questões entre os dois países. “Os líderes devem manter contatos estreitos e impulsionar a cooperação estratégica nos projetos do parque industrial e de ferrovias. Além disso, é necessário encontrar uma solução adequada para as divergências. O governo chinês quer fortalecer coordenações com a Índia nos assuntos regionais e internacionais, de forma a defender os interesses dos países em desenvolvimento”.

Swaraj, por sua vez, declarou que a visita do presidente Xi Jinping à Índia no ano passado foi de grande importância para o povo indiano e elevou os laços bilaterais para um novo patamar. “A Índia espera que o governo chinês possa continuar aumentando investimento para aliviar o desequilíbrio comercial entre os dois países. Ambos os lados também precisam aumentar o diálogo para resolver de maneira adequada o problema da região fronteiriça”, acrescentou.

Fonte: Portal Vermelho 

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