Roberto Alvim, diretor de teatro de extrema direita, é nomeado para secretaria de cultura

Após ocupar a direção da Funarte, Roberto Alvim agora passa ao primeiro escalão da cultura do governo e passa a chefiar a secretaria especial da cultura, ligada ao Ministério do Turismo, órgão máximo do setor após o fim do Ministério da Cultura.

Imagem: Reprodução

Outrora considerado um progressista, tendo adaptado romance de Chico Buarque para os palcos, o reacionaríssimo Roberto Alvim foi escolhido por Bolsonaro para presidir o setor da cultura no seu governo. Ao assumir a Funarte, Alvim já declarara a intenção de fazer do órgão uma máquina de propaganda da extrema-direita. Foi imediatamente rechaçado pelos servidores do órgão, e seguiu seus planos, divulgando editais para levar a Brasília a nova base de sua máquina de guerra cultural.

Agora, Alvim venceu a disputa pela secretaria da cultura, desbancando ninguém menos que o ex-deputado e filho do poderoso pastor RR Soares, Marcos Soares, que também era bem cotado para o cargo.

Alvim, tendo se convertido ao cristianismo e à extrema-direita há poucos anos, mostrou seu talento para arrivista, aproveitando o imenso vazio de setores ligados à cultura que apoiam o governo de extrema-direita para conseguir se cacifar a ser o testa-de-ferro de um projeto que quer simplesmente enterrar qualquer vestígio de uma produção cultural crítica, independente ou inteligente no país. Como vimos com os ataques seguidos à Ancine, os cortes de sua verba , a censura escancarada que vem ocorrendo a filmes, editais, peças de teatro etc, o projeto bolsonarista é fazer um pente fino na cultura e deixar apenas aquilo que interesse a seus fins. Alvim, como soldadinho de chumbo do bolsonarismo, terá agora a chance de demonstrar se está à altura de servir os desígnios do capitão.

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