Resposta aos deputados e a Moacir Pereira sobre o massacre contra o magistério catarinense

Concordamos com o colunista Moacir Pereira, um esquema de segurança tão rigoroso como nunca tínhamos visto na ALESC foi a forma que o governo adotou para permitir que os deputados votassem projetos que mudam não só a vida dos/as servidores públicos mas o atendimento à população em geral.

A data de 17 de dezembro de 2015, ficará para sempre registrado como o dia em que o governo do estado com o aval de seus asseclas, perpetrou um dos piores atos da história contra a educação do estado de Santa Catarina que de forma maquiavélica empurrou por quatro anos a discussão para aprova-la no último dia de funcionamento da ALESC antes do recesso parlamentar.

Os deputados que votaram sim pela destruição da educação catarinense, voltam para suas casas para comemorar o final de ano junto de seus familiares, com seus gordos salários intacto se provavelmente com um belo abono natalino. Por outro lado, presentearam a educação com zero de reajuste em 2015, congelamento dos salários por até três anos, incorporação da regência de classe e nenhuma garantia de que aplicará algum reajuste no próximo ano e se aplicar o valor será de 5% de forma parcelada o que não cobre sequer a inflação deste ano.

Quanto as palavras do colunista Moacir Pereira que os/as manifestantes não eram professores/as, mas sim ativistas radicais e agitadores/as profissionais ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), esclarecemos que não eram apenas cutistas mas sim representantes de várias centrais sindicais como a CUT, CSP Conlutas, Intesindical e grupos independentes que fazem parte do Fórum dos/as Servidores/as Públicos unidos na luta aos ataques que o governo vem fazendo contra a segurança saúde e educação.

O SINTE/SC esclarece ao colunista e aos deputados que eram professores/as sim ligados a diferentes centrais sindicais, que não tiveram outra alternativa a não ser espernear e mesmo que não tenham conseguido barrar o rolo compressor do governo, deixaram muito claro a sociedade catarinense o seu profundo descontentamento com a situação. Por isso, lutamos com as armas que tínhamos, bolas de papel, soutiens ou pular no plenário. Naquele momento, o que nos restava fazer, sentar e ouvir o carrasco proclamar a sentença de boca fechada ou protestar!  Por acaso o “nobre” colunista esperava que fossemos ao matadouro como cordeiros passivos esperando o momento da degola.

O próximo ano, é ano de eleições e os deputados que votaram contra a educação serão candidatos a prefeito em seus municípios e é bom que saibam que não serão esquecidos, pelos/as profissionais da educação, que saberão responder a altura e no momento certo.

Quanto ao Secretário Eduardo Dechamps, sua atuação durante todo o processo, foi enrolar, descumprir os acordos, além disto, não foi transparente, manipulou e iludiu a categoria nas Web – conferências que fez pelo estado, pois sabia muito bem que a proposta levada por ele nas discussões, jamais seria implementada.

Por isso, perguntamos ao SR secretário: Se a intenção do governo era implementar a proposta que discutida, pelo estado afora, por que não foi implementada naquela ocasião, da mesma forma que foi feito agora, usando força policial e o rolo compressor da ALESC?

A resposta é muito simples, sua intenção nunca foi a de implementar tal proposta, mas sim  criar uma situação de conflito e desconfiança na base afirmando que o sindicato não aceitava o que estava sendo proposto. Além disso, em suas falas sempre afirmou que o projeto só seria encaminhado a ALESC depois de discutido e acordado com a entidade. Porém, o que aconteceu foi exatamente o contrário, o SINTE/SC concordou em negociar. Sentamos discutimos fizemos acordos que foram todos ignorados e no apagar das luzes, o governo o encaminhou da forma que realmente queria. Sofremos um revés perdemos esta batalha, mas não perdemos a guerra e nossa luta continua.

Fonte: Sinte-SC.

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