Residência Agrária permite diálogo entre Educação do Campo, Agroecologia e Universidade

diploma e muda

Diplomas e mudas agroecológicas foram os símbolos que representaram, na última sexta-feira (18), a formatura da turma Egídio Brunetto de Especialização em Educação do Campo e Desenvolvimento Sustentável com base na Agroecologia – Residência Agrária oferecida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com subsídios do Incra e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e suporte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Após dois anos de trabalho, os trinta educandos chegaram ao desfecho do processo de formação, que buscou aprofundar temáticas de extrema relevância aos profissionais e agricultores que atuam no dia a dia dos assentamentos da reforma agrária: educação do campo e agroecologia. “Dois grandes temas essenciais para os trabalhadores do campo, sobretudo na conjuntura política e econômica de hoje”, revelou Fabíola Girotto, representante da coordenação estadual do MST.

Para os concluintes, o momento foi de celebração do título, mas também de reflexão sobre como reproduzir em campo os conhecimentos adquiridos na universidade. “Essa é uma conquista nossa, mas também uma conquista coletiva, de todos que já lutaram para que estivéssemos aqui”, argumentou a estudante e profissional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) Fernanda Segalin, lembrando de pessoas como Egídio Brunetto, que dá nome à turma. Um dos principais militantes pela reforma agrária em Santa Catarina e no Brasil, Brunetto faleceu em 2011 vítima de um acidente.

Pronera

A importância do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) em viabilizar processos formativos alinhados à realidade dos homens e mulheres do campo também foi lembrada durante a cerimônia pela asseguradora do programa em Santa Catarina, Maria de Lourdes da Rosa e pelo coordenador do curso, Prof. Dr. Mauro Titon. “O Pronera nos permite realizar cursos em que os sujeitos definem os rumos de sua educação, valorizando o conhecimento científico que nos permite compreender seu papel dentro da sociedade e não apenas voltar-se ao aprendizado de técnicas profissionais”, defendeu Titon. Os oradores ainda destacaram e agradeceram a receptividade nos assentamentos de Abelardo Luz, Passos Maia, Garuva e Fraiburgo, que receberam a turma durante as etapas do curso.

 Assessoria de Comunicação Social do Incra/SC

(48) 3733-3560

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