Redes sociais: Denúncia no Facebook abre investigação na Universidade de Brasília

Por Luís Osvaldo Grossmann.

estuprounbA Universidade de Brasília vai instituir uma comissão para investigar ameaça a calouras do curso de Engenharia de Redes, por conta da denúncia feita por um estudante da instituição sobre a recepção realizada na quarta-feira, 24/7, aos novos aprovados.
“Tomamos conhecimento e entramos nas redes sociais para nos situar. A repercussão na comunidade acadêmica foi muito forte, recebemos também e-mails de todo o país”, revela a diretora de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários da UnB, Sonia Marise Carvalho.
Na quarta-feira, 24/07, durante a divulgação do resultado do vestibular, um aluno da Pedagogia divulgou no Facebook uma foto onde aparecem dois estudantes segurando um cartaz com os dizeres: ‘Caiu na Redes é… (estupro)’. “Ao perguntar o que isso significava, responderam-me: é um estuprinho”, publicou o internauta.

Na própria rede social o tema foi alvo de inúmeras críticas e a notícia se espalhou pela Internet. A repercussão, porém, chegou ao governo do Distrito Federal. Em nota, a Secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia, repudiou o episódio e pediu providências da UnB.

“O cartaz tratou as mulheres como objetos, depreciando sua integridade e desmerencendo-as enquanto sujeitos. (…) Torno público o meu repúdio, e de toda a equipe da Secretaria de Estado da Mulher, quanto a esses atos de machismo e violência contra as mulheres durante as calouradas”, diz a nota.

Segundo a diretora de Diversidade, a primeira providência foi conversar com estudantes do Centro Acadêmico do curso de Engenharia de Redes. “Explicaram que foi uma confraternização organizada pelo segundo período do curso para acolher os calouros. Aí tem vários cartazes com essa expressão ‘caiu na Redes é…’ e um deles emendava na palavra ‘estupro’”.

O Decanato de Assuntos Comunitários já identificou os dois estudantes. “Um deles é calouro, tem 17 anos. O outro é maior, está no segundo semestre, mas ainda não conversamos”, explica a diretora. “A gente não sabe dizer se essa palavra foi escrita por eles ou por outra pessoa, o que sabemos é o que está na foto e isso gerou uma repercussão interna muito grande.”

Outras providências serão tomadas nesta sexta-feira. “Vamos instaurar uma comissão no DAC para apurar os fatos. Ainda será medida a gravidade e a penalidade, que vai de sanção administrativa a uma expulsão. De qualquer forma é uma violência, ainda que simbólica, portanto precisa ser apurado e a Universidade vai precisar se posicionar”, afirmou.

Fonte: Maria Fro.

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