Recepção dos calouros de pós-graduação da UFSC contará com palestra sobre Auditoria Cidadã da Dívida

O Núcleo Catarinense pretende atuar mais na divulgação, de forma a desmistificar o assunto e técnico, onde aprofundarão os estudos com dados estaduais e municipais.

Por Ana Carolina Peplau Madeira, para Desacato.info. (texto e fotos)

Sábado, dia 12, aconteceu a reunião do Núcleo Catarinense (NC) da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) na sede do Sindprevs, às 14h, em Florianópolis/SC. Vários segmentos interessados em participar do núcleo estiveram no local. Entre as deliberações, surgiu a ideia de aproveitar a recepção dos calouros da pós-graduação em Economia da UFSC para realizar palestra sobre a Auditoria da Dívida.

Um dos integrantes do NC, o economista João Luis Abrantes Bertoli conversou com pessoas da Associação de Pós-graduandos (APG) e informou que ficou decidido que o será no dia 22 março. Tentarão contar com a participação da coordenadora nacional da ACD, auditora aposentada da Receita Federal e fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida” Maria Lúcia Fattorelli.

O Núcleo Catarinense pretende atuar mais na divulgação, de forma a desmistificar o assunto e técnico, onde aprofundarão os estudos com dados estaduais e municipais. Foi feita a lista de interessados no curso e informado que na semana anterior foi aprovado projeto na Câmara dos Deputados a exigência do Banco Central apresentar quem detém os ativos da Dívida Pública.

Segundo o coordenador geral do Sindprevs, Luciano Wolffenbüttel Véras o novo termo “portabilidade” do crédito já é usado pelo governo federal, só que de forma a gerar mais lucro aos bancos. Se o leitor acredita que os juros cobrados por seu banco são caros, pode mudar para outra instituição financeira que seja mais acessível. No caso da dívida pública, as operações com pagamento de ágio (valor a mais cobrado sobre determinada mercadoria ou operação) encarecem ainda mais o montante.

No portal transparência, todos os dados estão disponíveis, porém é necessário conhecer mais e ter paciência para “garimpar as informações”. Não fica claro de fato para quem o Brasil deve, qual valor dos juros, correção monetária, estados e municípios. A impressão é que tudo fica mais dificultado propositalmente. Na prática, quase 50% de tudo que é arrecadado pelo Brasil, vai para pagamento de dívida pública, juros e amortizações.

A questão é justamente o governo não divulgar os dados a respeito. Então o governo afirma que tem que cortar gastos, fazer o Ajuste Fiscal. Porém, reduz investimentos em saúde, educação, segurança pública, transporte, habitação, entre outras obrigações constitucionais do Estado. A intenção dos integrantes da ACD é conhecer todos os dados para poder negociar com bancos, fazer a portabilidade de crédito, reduzir o valor das contas, como qualquer cidadão faz na sua casa. No próximo dia 16 de janeiro, será a primeira reunião do Núcleo, em 2016. Será no Sindprevs, às 14h. A intenção é manter encontros em todo segundo sábado do mês.

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