Racismo se manifesta também na Educação: apenas 1 em cada 10 alunos de escolas privadas de São Paulo é negro

Na cidade de São Paulo, apenas um em cada dez alunos de escolas privadas negro, numa expressão nítida da desigualdade racial e social no país

Protesto contra o racismo. Foto: Tania Rego/Agência Brasil

247 – A desigualdade no acesso à Educação é flagrante em São Paulo. Mesmo em distritos onde a fatia de estudantes pretos e pardos é alta, um fenômeno ocorre. No Itaim Paulista, crianças e jovens negros somam 49% dos estudantes, mas são apenas 24% dos alunos das instituições particulares locais.

Os cálculos foram apresentados em reportagem da Folha de S.Paulo  com base no Censo Escolar de 2019.  Em distritos mais ricos, a desigualdade no acesso a instituições privadas de ensino é, particularmente, marcante.

Crianças e jovens negros são 11,9% dos estudantes de Pinheiros, quase o quíntuplo da parcela de 2,5% que representam entre os alunos de escolas particulares da região.

Em Moema, o desequilíbrio é parecido: os pretos e pardos são 9,1% da população estudantil local, mas somente 2,1% dos que frequentam estabelecimentos privados.

Esses números revelam que não são apenas os obstáculos geográficos que reduzem as chances de os alunos frequentarem escolas privadas.

Esse quadro impulsiona o movimento antirracista liderado por famílias de alunos dessas e de outras escolas desde meados deste ano.

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