Quem está bancando o filme da Lava-Jato? Só não pergunte à PF

Moro, Lula e delegada vividos por atores
Moro, Lula e delegada vividos por atores

Se houver irregularidades no financiamento do filme da Lava-Jato (R$ 15 milhões) você provavelmente ficará sem saber. O motivo? A Polícia Federal, responsável por investigações sobre lavagem de dinheiro, corrupção, uso de recursos ilegais introduzidos no Brasil procedentes do exterior ou desvio de recursos, está engajada na produção do filme. Afinal, conforme revelou o ator que vai interpretar Lula, Ary Fontoura, os dirigentes da PF tem colaborado para sua execução cedendo imagens que foram feitas ao arrepio da determinação do juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro.

Isenção? Para quê?

“Polícia Federal, a Lei É para Todos” é uma película que nasce engajada. Tem por objetivo promover o juiz Sérgio Moro e livrar políticos de legendas como PSDB e PMDB de acusações de envolvimento em crimes. Somente o PT, de acordo com a narrativa do filme, teria relações com a corrupção. O caso recente da primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, que conquistou o direito de aguardar em casa o julgamento, revela o quão inoportuno é o título do filme. A Lei é para todos desde que o “todos” seja do andar de cima e representante da elite. O qual a razão, por exemplo, de manterem tantos acusados da Lava-Jato no poder? Casos de Moreira Franco e Eliseu Padilha, por exemplo?

Ary Fontoura disse, em entrevista, que esteve na sede da PF em Curitiba para assistir as imagens da condução coercitiva de Lula. Inicialmente o delegado da PF do Paraná, Igor Romário de Paula, havia negado a filmagem (não autorizada por Moro). Mas, diante da revelação do ator, teve que admitir. Durante gravações no Carnaval, a PF cedeu carros oficiais para a gravação. Até o crachá de Antonio Calloni, ator que interpreta o delegado Ivan Romano, teria sido feito com o material original.

O produtor do filme, Tomislav Blasic, é um desconhecido no universo do cinema (leia aqui). Mas isso não tem despertado a curiosidade nem mesmo das pessoas ligadas ao universo da produção nacional. Há um clima de letargia e expectativa.

O filme, que custa R$ 15 milhões e teria um só financiador anônimo (como assim?), é o mais caro da história do cinema nacional. Tropa de Elite e Cidade de Deus custaram, respectivamente, R$ 11 milhões e R$ 10 milhões em valores atualizados. Há quem veja estes valores não como despesas, mas investimento.

Cada um que entenda como quiser….

+ Não temos provas, mas temos ficção: o filme da Lava Jato, “A Lei é Para Todos”, mente até no título

Fonte: Conexão Jornalismo.

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