Queiroz depositou R$ 25 mil na conta da esposa de Flávio Bolsonaro

No processo em que Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro são investigados, o senador insiste em uma mentira já derrubada pelas provas

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), depositou R$ 25 mil em espécie na conta da esposa do senador. Segundo reportagem de Italo Nogueira, na Folha de S. Paulo, o depósito foi feito em agosto de 2011, quando Queiroz ainda assessorava Flávio, e o dinheiro foi usado para pagar uma parcela de uma cobertura comprada pelo casal na Zona Sul do Rio de Janeiro. Fabrício Queiroz está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro.

As informações foram obtidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após quebra do sigilo bancário do senador e de sua esposa, a dentista Fernanda Bolsonaro. Os dados aos quais a reportagem da Folha teve acesso não são públicos porque o processo está sob sigilo.

Além do depósito de R$ 25 mil feito por Queiroz, o MP identificou outro crédito em espécie, no valor de R$ 12 mil, realizado na mesma semana por uma pessoa cuja identidade é mantida sob sigilo.

Amigo da família Bolsonaro, Queiroz é apontado pelo MP-RJ como o operador financeiro do esquema da “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. O MP suspeita que Queiroz recolhia parte do salário de alguns assessores e repassava os valores para o filho do presidente.

À Folha, a defesa de Flávio Bolsonaro afirmou, por meio de nota, que “não há nenhuma ilegalidade nas contas de Fernanda e de Flávio Bolsonaro”.

“Todas essas questões foram esclarecidas nos autos. Os vazamentos de informação, ocorridos diariamente, causam estranhamento na defesa. O processo é sigiloso e os detalhes na imprensa só podem ter sido divulgados por quem tem acesso aos depoimentos. Por esse motivo, a defesa fará uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para a devida apuração”, afirmou a defesa.

Já o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que defende Queiroz, disse que não iria se manifestar porque a investigação corre sob sigilo.

Fonte: Congresso em Foco.

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