Quatro mostras individuais do edital de exposições do Masc

Quando: 02 Março 2016, Quarta-feira, às 19h30min
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)
Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica
Quanto: Gratuito
Visitação até 1º de maio, de terça-feira a sábado das 10h às 20h30, domingos e feriados das 10h às 19h30

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura (CIC), receberá quatro novas mostras individuais que ocuparão o espaço de 2 de março a 1º de maio de 2016. Com artistas selecionados por meio do edital de exposições do Museu, as mostras individuais que abrem o calendário do Masc em 2016 são O Vento Soprou, de Anderson Alberton; Plano B, de Janor Vasconcelos; Ação/Desenho, de Malvina Sammarone; e Paço a Passo Mnemis, de Margarida Holler. No dia da abertura, às 17h30min, será realizada uma conversa com os artistas, aberta à participação do público, no Masc.

A entrada é gratuita e o Museu fica aberto à visitação de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, das 10h às 19h30min. Visitas mediadas devem ser agendadas com antecedência pelo telefone (48) 3664-2633.

Ação | Desenho – Malvina Sammarone

Instalações audiovisuais e cadernos de desenhos que têm como mote as idéias de movimento, simetria, inversão, repetição, circularidade, usados como mecanismos criativos, a fim de gerar “crises” em estruturas conhecidas, usando as possibilidades e limitações do corpo são os trabalhos que Malvina Sammarone traz a Florianópolis.

Serão apresentados os trabalhos caderno_desenho (2013-2014), com desenhos apresentados como registros de ação em uma sequência de registros editados e com duração aproximada 16 minutos em looping; uma sequência de registros de ação (caderno_desenho#34, caderno_desenho#36 e caderno_desenho#40); cadernos_desenhos (2013-2016) fac-símile cadernos de desenhos, que são fac-símile de cadernos de desenho, apresentados sobre mesas de madeira onde o público poderá folheá-los; e desenhos (2011-2014) apresentados como registros de ação. Será apresentado desenho#9, registro de ação, 15 minutos em looping.

Para a curadora, professora e pesquisadora Galciani Neves, “Malvina Sammarone faz do desenho um processo para atuar no tempo. São gestos que lidam com o tempo enquanto percepção, unidade de medição. São exercícios de um tempo que os atravessa. Assim, cada traço, cada incursão na folha parece afastar-se da lógica construtiva de uma imagem que pretende dar conta de uma realidade a ela externa.”

Sobre a artista
Malvina Sammarone é uma artista visual que transita pelo desenho, fotografia e vídeo; tempo, duração, imprevisibilidade, repetição, sempre permeiam seus trabalhos. É formada em Arquitetura e Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie e pós-graduada em Artes pela New York University, e em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Desde o inicio dos anos 1980, frequenta cursos e workshops de arte, fotografia e processo criativo, tanto no Brasil como no exterior.

Entre algumas exposições individuais e coletivas, destacam-se: Programa Exposições MARP, em Ribeirão Preto (SP), de 2011; XI Bienal do Recôncavo, em São Félix (BA), em 2012; a exposição Verso, no Sesc Pinheiros (SP), em 2013; Ressonâncias Brasil-Berlim, no Kunst Bethanien em Berlim, Alemanha, em 2013. Entre as mais recentes, em 2016, apresentou Abre Alas 12, na Galeria A Gentil Carioca (RJ).

Buscas Inconscientes – Anderson Alberton

Anderson faz uma reflexão sobre o uso da tecnologia para facilitar o cotidiano. Em 20 desenhos, cuja única linha que se liga no início e final da imagem formam figuras geométricas e personagens, o artista explora efeitos visuais que sugerem linhas imaginárias. Os trabalhos são feitos a nanquim sobre papel Canson.

“Na atual fase o artista traz as linhas como se fossem ecos ou reverberações da síntese de seu desenho. O traço e as delimitações impostas para a forma fazem de seu trabalho um labirinto de possibilidades”, comenta o produtor cultural João Daniel Zanella.

Sobre o artista
Anderson Alberton é bacharel em Artes Visuais (2014), natural de Joinville (SC). Transita principalmente entre as linguagens: vídeo, desenho e pintura. Participou de diversas exposições individuais, como Vide Vida, 2015, MAJ, vídeos; Momentos Divergentes, 2014, MAJ, vídeos; Olhar Pulsante, 2013, – MAJ, Mural, 7 desenhos com 8×2 metros; Diários Desenhados, 2012, MAJ, desenhos e vídeo; Da Luz à Sombra em uma Pintura, 2004 – MAB, pinturas. Entre suas principais coletivas estão Território (in)comum, 2015, AAPLAJ; Ontem Hoje, 2015; 44ª, 42ª e 40ª Coletiva de Artista de Joinville, 2015, 2012 e 2010, SIMDEC-MAJ; Arte na Cidade, 2015, SESC; XIII Salão Nacional de Artes de Itajaí, 2013; Mostra de Artes Almirante Tamandaré, 2007, 2º Lugar; 35ª Coletiva de Artistas de Joinville, 2005, MAJ; Começo do Fim, 2005, AAPLAJ; 2º Território de Artes de Araraquara, 2004; 1º Salão de Artes de Blumenau, 2002, Destaque Especial.

Paço a Passo “Mnemis” – Margarida Holler

A instalação que Margarida traz ao Masc é composta de lâminas de madeira natural, lâminas de madeira reciclada e lâminas de madeira tingidas, feltro, gravura de topo, páginas de livros de medicina e tipos gráficos, contemplando 45m² de área. A obra é fruto de um trabalho em constante processo de construção, transformação e deslocamento, tendo neste momento o cérebro como investigação.

Neste contexto, o cérebro é entendido como espaço-corpo memória com suas ligações sinapses-neurônios em constante movimento. Estas de modo simultâneo permutam informações do significado das várias abordagens que a pesquisa e criação possibilitam num fluxo constante de diferentes olhares, interpretações e percepções.

Segundo a crítica de arte e curadora Ananda Carvalho, “em seu recorte, a artista dá a ver uma escultura formada por uma conjunção de células em mutação. Trata-se de dois lados de um cérebro metafórico: uma narrativa visual para olhar microscopicamente.” “Esse cérebro, ou a mnemis, é compreendido pela artista como as sinapses de um espaço-corpo memória. É desdobrado em membranas de páginas de livros de medicina, tipos gráficos, rolos de feltro, gravuras de topo, lâminas de madeira crua e vermelha. São camadas acumuladas, repetidas, articuladas para revelar em fragmentos a arqueologia de um museu-corpo”, completa.

Sobre a artista
Margarida Holler pesquisa o interior do corpo humano e suas relações no percurso da História da Arte, tendo as imagens médicas como substrato de análise. A reflexão sobre os processos de reprodução, materialidade, deslocamento, leitura e interpretação destas imagens desdobram-se em trabalhos de instalação, site specific, esculturas, livros de artista, desenhos e gravuras.

Entre suas principais exposições, evidenciam–se: Ichariba Chode – Arte Contemporânea Brasileira, Plaza North Gallery, Saitama, Japão; e Memória: O tempo espaço dos livros de artista, Fundação das Artes de São Caetano do Sul (SP) – ambas em 2015. Mnemis: dogma da visibilidade silenciosa, na Quase Galeria Espaçot (Porto,Portugal); Entre Dois Mundos – Arte Contemporânea Japão-Brasil, Museu Afro Brasil (SP) – ambas em 2014.

Plano B – Janor Vasconcelos

O artista traz ao Masc uma instalação com desenhos expansivos a nanquim, que contorna paredes do Museu, com aproximadamente 70 desenhos de 29,7 x 42cm e 30 metros de comprimento; além de um vídeo com registro da ação dos pregos nos trilhos; vitrine com pregos amassados; o objeto de sobras de papel-lápis dermatográfico; cerca de 20 desenhos em fitas adesivas sobre papel de tamanhos variados; desenho a nanquim em rolo de 80 metros de comprimento, que também contornará as paredes e estrutura do telhado do deck e interliga os dois ambientes; uma instalação com aproximadamente 250 canetas perfiladas com 7 metros de comprimento; entre outros desenhos.

Segundo o curador e artista visual Franzoi, em Plano B, Janor “mostra ser versátil e genial na manipulação de materiais e do espaço. Parte da série Corpo de Prova e desenvolve trabalhos que discutem a linha enquanto expressão e construção de configurações entrelaçadas no tempo e na lembrança.”

Sobre o artista
Janor Vasconcelos é natural de Criciúma (SC), onde vive e trabalha. Graduado em Educação Artística com habilitação em Artes Plástica e pós-graduado em Arte Educação pela Fucri/Unesc, estudou escultura em cerâmica e fundição em bronze em são Paulo. Desenvolveu projetos de arquitetura, engenharia e design de interiores.

Participou em várias exposições coletivas e individuais, salões, premiações e projetos, entre os mais recentes: Perfuratrizes – MuBE SP/2013; Arte Agora – prêmio Fundo Municipal de Cultura, Criciúma SC/2012; Panorama Catarinense Artes Visuais, Sesc Jaraguá do Sul/2012; 10º e 11º Salão Elke Hering Mostra Contemporânea de Artes Visuais, Blumenau SC/2012/14; Prêmio Salão Chapecoense de Arte, SC/2011; Olhar Subterrâneo – Museu Palácio Cruz e Sousa SC/2011; Barro Branco, Museu de Arte de Joinville SC/2010; e Linhas e Riscos Subterrâneos, Badesc, Florianópolis SC/2010.

Fonte: Calendário Floripa

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