Quadrilhas/Empresas querem o pré-sal

Por Laerte Braga.

O petróleo é Nosso!

Os principais chefes mafiosos do setor empresarial e financeiro que atuam no Brasil, associados ao latifúndio, proprietários de lotes de deputados e senadores, governadores como Sérgio Cabral, Renato Casagrande (governador nominal), Paulo Hartung (governador de fato), a aberração política Antônio Anastasia e Geraldo Alckimin, através de um dos braços das quadrilhas empresariais que atuam no Brasil, a ONG ESPÍRITO SANTO EM AÇÃO, num debate no covil que chamam de Palácio do Governo, em Vitória, defenderam abertamente a entrada de empresas estrangeiras na exploração do pré-sal e de forma plena e total.

O corrupto governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, uma das propriedades desses grupos, defendeu que se deve ouvir sempre o presidente dos EUA Barack Obama, fez críticas ao seu aliado o ex-presidente Lula, ao governo Dilma Roussef e foi corroborado pela deputada Rose Freitas (também propriedade das quadrilhas empresariais) e pelo presidente do PT do Espírito Santo.

Em nenhum momento o governador Sérgio Cabral falou de discussão ampla e com participação popular sobre o tema. Defendeu os royalties para os estados produtores apenas, a entrada de empresas estrangeiras e lamentou o veto de Lula que tornou a distribuição de royalties mais equitativa e voltada para programas de desenvolvimento e sociais.

O público presente era, em sua esmagadora maioria, de empresários, banqueiros, latifundiários, deputados de todos os partidos com representação no Congresso (representantes dos lotes das quadrilhas/empresas). O falso debate terminou quando diante de perguntas incômodas dos poucos representantes de movimentos populares, o governador do Rio, principal intérprete das quadrilhas/empresariais, afirmou que teria que voltar ao seu estado.

A escolha do esconderijo em Vitória se deveu principalmente ao trabalho da ONG/QUADRILHAS ESPÍRITO SANTO EM AÇÃO. Para se ter uma idéia desse tipo de ação, cidades capixabas como Anchieta estão sendo destruídas e a população transformada em objeto para benefícios de empresas/quadrilhas.

Como era de se esperar, um dos lotes dessas empresas/quadrilhas, a mídia, absorveu imediatamente a ordem e começa a campanha para a derrubada do veto de Lula. A deputada Rose Freitas ameaçou inclusive trancar a pauta de votações na Câmara se isso não acontecer. Registre-se que a despeito de ser propriedade das empresas/quadrilhas, a deputada é filiada ao PMDB.

O interesse de governadores como Sérgio Cabral e o preposto de Paulo Hartung, Renato Casagrande, além de empresários (grandes empresários são apátridas), banqueiros e latifundiários, vai além da questão dos royalties. Defendem a ampliação da presença de empresas/quadrilhas estrangeiras e formas de limitar a PETROBRAS.

O apoio de governadores como Geraldo Alckimin e Antônio Anastasia, embora sejam seus estados beneficiados com o veto de Lula, se deve a ordens vindas do epicentro das empresas/quadrilhas, no caso do Brasil, a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), principal antro de sonegação e entreguismo em nosso País.

A cobiça estrangeira do pré-sal está localizada tanto em Washington como em Wall Street e no Texas, principal centro de empresas petrolíferas norte-americanas.

Acabaram de destruir a Líbia através do braço OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte), ao custo de centenas de milhares de vida e absoluto caos naquele país. O antigo aliado Muammar Gadaffi está sendo substituído por políticos mais dóceis. O petróleo líbio é o alvo, como foi o caso do Iraque.

No caso do Brasil o cerco começa a se fechar com a desculpa dos royalties e avança na direção da entrega do pré-sal a essas quadrilhas/empresas. Foi o que de fato defendeu na segunda-feira no serpentário em Vitória o governador Sérgio Cabral.

O que ficou definido entre os mafiosos é uma ação política que permeia o próprio partido do governo, o PT, através de setores como a deputada/objeto Rose Freitas. A idéia é a de sempre. Vender o projeto como fator de desenvolvimento e benefícios para os brasileiros, tal e qual fez FHC ao privatizar empresas estratégicas do País a pretexto de pagar a dívida (não pagou, tucanos ficaram milionários com os negócios da privatização).

O encontro foi apenas o lançamento da campanha, uma espécie de out door da série de mentiras e ações antinacionais que vem em seguida, lógico, com apoio da grande mídia, toda ela propriedade das empresas/quadrilhas que querem o controle do setor.

O tema transcende o próprio governo Dilma – enfraquecido e perdido em questões essenciais como petróleo e banda larga – e serve para mostrar a falência do modelo político e econômico.

Não há alternativa para a garantia que pré-sal se transforme em fator de progresso real para todos os brasileiros e não privilégios para elites podres, que não a luta nas ruas, uma nova campanha nos moldes da que resultou na criação da PETROBRAS, a luta O PETRÓLEO É NOSSO.

Já sobre o acidente com o bondinho de Santa Teresa – querem culpar o motorneiro e privatizar o serviço –, sobre o ex-sogro, proprietário da empresa de ônibus que faz as linhas para aquele bairro, sobre a legalização da casa ilegal do apresentador Luciano Huck, o governador Sérgio Cabral não falou nada.

Nem vai falar. É um dos grandes embustes da política brasileira. Criado a pão de ló pela mídia privada e sustentado por interesses estrangeiros e de empresários que costumam ceder-lhe aviões, helicópteros, etc, para passeios e diversões, serve aos seus amos.

Os mortos de Santa Teresa não falam. Gritam contra esse tipo de político repugnante. Feito de arame enferrujado.

2 COMENTÁRIOS

  1. Olha, numa boa, mas esta notícia está completamente sem pé nem cabeça.
    Sou de esquerda e quero continuar sendo, mas assim vocês atrapalham, com tanta desinformação.
    Hoje em dia, não dá mais para lançar notícias assim, só porque não gostamos de fulano ou siclano (eu também sou contra o Cabral).
    1) O veto de Lula na legislação que define o novo modelo exploratório do pré-sal como modelo de partilha impediu, justamente, essa distribuição equitativa de royalties. Porquê? Para dar tempo aos estados produtores atuais se adaptarem à perda que terão quando esse veto fôr derrubado. O veto de Lula, favorecendo inicialmente esses estados (RJ, ES, etc) foi só para adiar a questão e os estados se adaptarem. Se vocês pesquisarem melhor, verão que a campanha de Cabral e demais produtores de petróleo é pela não-derrubada do veto, que lhes favorece.
    2) O Petróleo já é nosso, não é? Com a mudança do regime de exploração que passou de concessão a partilha, no ano passado, o pré-sal passa a ser da Petrobrás, e não das empresas exploradoras. Vocês têm que se informar melhor.
    3) É justamente pelo fato de Cabral ser contra a derrubada do veto de Lula que ele pode ser criticado. Afinal, porque é que essa enorme riqueza tem que privilegiar os estados produtores? A riqueza é de todos, e, para que isso aconteça, o veto anterior de Lula terá que ser derrubado em algum momento.

    • Prezado Gustavo, Desacato não censura a posição dos colaboradores, escritores e jornalistas que nele escrevem, ou nele são reproduzidos. Também são respeitados os comentários dos nossos leitores, e se publicam sem que atrapalhem por isso, nossa linha editorial.

      Raul Fitipaldi
      Diretor Editorial

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