Professores estaduais gaúchos entram em greve por tempo indeterminado

Por Daniel Isaia.

Os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul decretaram hoje (5) greve por tempo indeterminado. Em assembleia geral, a categoria decidiu o início imediato da paralisação.

Para voltar às aulas, os professores exigem o fim do parcelamento de salários e que o governo pague os juros devidos pelos educadores ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) por causa dos 21 meses de salário parcelado. A categoria pede também a retirada de projetos de lei que tramitam na Assembleia Legislativa e que são considerados prejudiciais à categoria.

No último dia 31, os servidores estaduais gaúchos receberam a primeira parcela do salário de agosto, de R$ 350. “Não precisamos de esmolas, somos profissionais e exigimos respeito. Nossa categoria está com suas contas atrasadas, pagando juros absurdos ao banco e adoecendo devido à incompetência deste governo”, afirmou a presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato), Helenir Aguiar Schürer.

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a greve por entender que o parcelamento de salários é assunto que foge da competência da pasta.

Crise financeira

No mês passado, o governo do Rio Grande do Sul só conseguiu zerar a folha de pagamento porque deixou de pagar a parcela da dívida com a União. A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) informou que tem amparo de uma liminar obtida no Supremo Tribunal Federal (STF) para repetir a medida.

O governo informou, ainda, que a Sefaz tinha apenas R$ 221 milhões em caixa na virada do último mês para pagar uma folha que totaliza R$ 1,143 bilhão. Tal valor não considera, porém, as consignações e tributos. O estado prevê que os salários dos servidores sejam integralizados até o dia 13 deste mês.

Fonte: Revista Opera

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