Privilégios sem fim: Temer, Justiça Eleitoral e STJ aumentam seus milionários auxílios-moradia

Por Simone Ishibashi.

Já pensou ter um salário de mais de R$ 30 mil e ainda contar com auxílios literalmente milionários, que mesmo em meio à crise econômica não param de aumentar? Parece algo absurdo, não? Pois é, mas essa é a realidade da casta política e de altos funcionários do Estado no país.

Enquanto aprovam a reforma trabalhista e se preparam para acabar com a previdência, condenando os trabalhadores e o povo brasileiro a morrerem de trabalhar, a presidência na figura odiosa do golpista Temer foi a instituição do decadente regime brasileiro que mais terá elevação no valor disponível para gastar com auxílio-moradia. De acordo com a Lei Orçamentária Anual para 2018 a presidência terá disponível para gastar R$8,9 milhões com esse benefício. Um aumento de 78% em relação ao ano de 2017, quando foram gastos os nada desprezíveis R$ 3,1 milhões.

Na sequência da farra de dinheiro gasto para bancar privilégios absurdos está a Justiça Eleitoral que contará com um aumento de 50,5%. Membros de ministérios como o de Turismo (32,4%), Indústria, Comércio Exterior e Serviços (30,9%) e Advocacia Geral da União (25,3%0 também são agraciados com imensos aumentos de verba para auxílio-moradia, bem como o STJ (4,9%). Já a Câmara dos Deputados terá disponível em 2018 mais de R$ 10 milhões, a Justiça Federal terá a “bagatela” de mais de R$ 107 milhões, e o Ministério Público da União mais de R$ 124 milhões!

A autorização para essa festa com o dinheiro retirado dos trabalhadores e do povo havia sido dada pelo ministro do STF Luiz Fux, e 2014. Em 19 de dezembro de 2017, um dia antes do recesso do Judiciário, foram liberadas as liminares para julgamento, ainda sem data, que deverá ser estipulada por Cármen Lúcia. Uma medida que deveria mudar o critério para a concessão do auxílio-moradia não caminhou na Câmara, e foi suspensa pelo ministro do STF, Ricardo Lewandowski.

A casta política e de altos funcionários segue agindo em benefício próprio, enquanto em estados com a economia arrasada como é o caso do Rio de Janeiro uma professora aposentada tenha posto fogo em seu próprio corpo por não receber sua pensão há meses. Enquanto o salário dos políticos, muitos deles notáveis corruptos, aumenta bem como suas benesses e privilégios, o salário mínimo não garante necessidades básicas, e já se ampliam as vagas que inclusive sequer pagam o mínimo devido à votação da reforma trabalhista. Essa é a realidade que encontramos em nosso país. Mais que nunca é preciso que os trabalhadores e o povo coloquem uma saída de fundo. Que todo político ganhe o mesmo que uma professora, e que todos os trabalhadores ganhem o mínimo DIEESE, além de impor a revogabilidade de todos os políticos.

Fonte: Esquerda Diário.

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