Privatização da Eletrobras: entreguismo e apagão

A empreitada do governo federal de privatizar a Eletrobras, formada por empresas que atuam em toda a cadeia produtiva de energia elétrica, vai levar o Brasil de volta para um tempo já esquecido pelos brasileiros: o dos apagões. É o que acredita o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias.

A preocupação de Lindbergh foi externada durante o lançamento, no Rio de Janeiro (RJ), da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. O objetivo da iniciativa é atuar contra a forma como o governo Michel Temer lida com a gestão de recursos naturais, as privatizações e a política externa.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional é presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e conta com a participação de representes de diversos partidos com assento no Congresso Nacional. O evento contou com a participação dos deputados federais Patrus Ananias (PT-MG), Jandira Feghalli (PCdoB-RJ, Wadih Damous (PT-RJ), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ). Também participaram os ex-ministros Celso Amorim e Celso Pansera.

“A Eletrobras está sendo, neste momento, 64 anos depois da criação da Petrobras, ameaçada de privatização por esse governo ilegítimo. Nós vamos perder a capacidade de fazer planejamento. Vamos voltar à época dos apagões. Vai aumentar o preço de energia elétrica”, disse o senador, na segunda-feira (2).

O termo ‘apagão’ ficou conhecido no Brasil em 1999, durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, quando dez Estados e o Distrito Federal ficaram cerca de quatro horas no escuro.

Também presente no evento, a senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a gestão Temer não tem nenhum compromisso com o Brasil, só com si mesmo e com a elite brasileira. “Uma elite que pensa primeiro nela, não pensa num projeto de nação, de desenvolvimento nacional e do seu povo. Destrói os direitos do povo. Se o povo morrer, não é problema deles. Vira estatística”.

“Pra eles é fácil entregar a Petrobras, a Eletrobras, a Casa da Moeda, enfraquecer o BNDES. Por que se o deles estiver salvo, está tudo bem. O resto não precisa”, criticou a presidenta do PT.

Os atos em defesa da soberania nacional continuam nesta terça-feira (3), na cidade do Rio de Janeiro. A partir das 11h, trabalhadores e representantes de entidades iniciarão um ato em frente ao prédio da Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas. A manifestação – que promete parar o centro da capital carioca – se encerrará às 16h na sede da Petrobras.

Fonte: Rede Mundo

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