Primo de Aécio é preso em Minas; STF discute em plenário prisão do senador

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (18), Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ele foi preso em casa, no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi confirmada pelo advogado de Frederico, Maurício Campos Júnior, mas o defensor disse que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a prisão.

A operação teve início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” na quarta-feira (17).

A entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco, que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado em uma empresa do também senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

O assessor parlamentar de Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima, que é também cunhado do senador e ex-vice-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), é citado na delação como a pessoa que recebeu o dinheiro. Ele foi preso nesta manhã.

Em um vídeo divulgado em uma rede social, Perrella confirma que Mendheson é amigo pessoal de Frederico. O senador disse que vai comprovar que não tem relação com as acusações feitas na delação e que está tranquilo. “Portanto, estou absolutamente tranquilo. O assessor citado na matéria Menderson Souza Lima realmente é meu assessor parlamentar e amigo pessoal do Fred Pacheco, que é primo do senador Aécio”.

Nesta quarta-feira (17), em nota, a assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que o senador está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. Ainda segundo a nota, o senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários.

Fonte: Plantão Brasil.

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