Presos palestinos suspendem greve de fome

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O acordo foi alcançado na madrugada deste sábado, o primeiro dia do Ramadão, durante o qual alguns dos prisioneiros em greve já tinham prometido jejuar e renunciar à mistura de sal e água, a única fonte de nutrientes que consumiam desde o início do protesto.

O comité nacional formado para apoiar a greve de fome já informou que brevemente serão divulgados mais detalhes sobre o acordo.

Segundo um porta-voz do Serviço Prisional de Israel, o acordo foi firmado entre o Estado israelense, o Comité Internacional da Cruz Vermelha e a Autoridade Palestina (AP).

Numa declaração conjunta, Issa Qaraqe, dirigente do Comité Palestino dos Assuntos dos Presos e Qaddura Fares, da Sociedade dos Prisioneiros Palestinos avançam, por sua vez, que a suspensão da greve surgiu após mais de 20 horas de negociações entre o Serviço Prisional de Israel e líderes do protesto na prisão de Ashkelon, incluindo Marwan Barghouthi – o oficial da Fatah que foi o principal líder da greve.

Uma vitória dos prisioneiros palestinos

O Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse estar satisfeito com os relatos de que a greve de fome foi suspensa: “Apelo a todos os lados para que respeitem os termos do acordo e evitem tensões similares no futuro”.

Xavier Abu Eid, porta-voz da Organização para a Libertação da Palestiniana  (OLP), divulgou um comunicado da campanha internacional “Libertem Marwan Barghouthi e todos os prisioneiros palestinos” que sublinha que a greve de fome foi vitoriosa: “Este é um passo importante para o pleno respeito dos direitos dos prisioneiros palestinos de acordo com o direito internacional”.

“A resistência e determinação épicas dos prisioneiros e a sua recusa em acabar com a greve de fome, apesar da repressão e das condições muito duras que suportaram, permitiram que a sua vontade prevalecesse sobre a vontade do carcereiro”, avança ainda o documento, no qual consta um agradecimento a todos aqueles que se mantiveram solidários com os prisioneiros palestinos, particularmente os ex-prisioneiros políticos na África do Sul, na Irlanda e na Argentina.

O porta-voz da Autoridade Palestiniana Youssef al-Mahmoud também felicitou os grevistas de fome por “alcançarem as suas reivindicações”: “Os nossos heroicos prisioneiros alcançaram uma nova vitória na sua lendária resistência”, destacou, garantindo que o governo continuaria os seus esforços para “garantir que todos os prisioneiros palestinianos sejam libertados sem exceções ou condições”.

O membro do comité central do Fatah, Jamal Muheisin, e o chefe do Comité Palestino dos Prisioneiros, Issa Qaraqe, realizaram uma conferência de imprensa em para anunciar a “vitória” do protesto, destacando que a “greve de fome épica” trouxe de volta a unidade entre palestinos em prisões isrelenses e reavivou o espírito de solidariedade nacional, que conseguiu “frustrar as tramas da ocupação”.

Fonte: Esquerda.net.

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