Preso denuncia a prática de tortura em prisão da Operação Lava Jato

Detento relata à Defensoria Pública do Paraná que foi agredido em uma de suas passagens pelo Complexo Médico Penal, localizado em Pinhais.

Foto: Reprodução

O Complexo Médico Penal (CMP), localizado em Pinhais, um dos locais onde estão os presos da Operação Lava Jato, está sendo alvo de investigação. Segundo reportagem de Bruna Narcizo e Wálter Nunes, da Folha de S.Paulo, a Defensoria Pública do Paraná enviou à corregedoria do Departamento Penitenciário (Depen) do estado a denúncia de que um preso sofreu maus tratos e agressões de agentes penitenciários. O preso revela, ainda, a existência de um local chamado “surda”, sala onde os detentos seriam torturados por carcereiros.De acordo com funcionários do CMP ouvidos pela Folha de S.Paulo, o local é usado para aplicação de medidas disciplinares. Os detentos ficam isolados na por 30, 20 ou 10 dias, dependendo do delito. Durante a punição, ficam suspensos banhos de sol e visitas de familiares. Contudo, os carcereiros não admitem a prática de tortura.

No CMP estão presos da Lava Jato, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Ademir Bendine, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Netto. Não há notícia de que algum deles tenha sido torturado. As agressões foram relatadas por um detento ao defensor público Alexandre Gonçalves Kassama. O defensor relatou à corregedoria que a prática de torturas no CMP já havia sido denunciada por outros detentos e não tinha sido ainda alvo dos defensores por não haver provas. O Depen destaca que “o caso corre sob sigilo e encontra-se em fase inicial de instrução”.

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