Presidente da CPI diz que há provas para indiciamento e que cloroquina está “diretamente” ligada a Bolsonaro

Nesta terça-feira (1º), a médica Nise Yamaguchi, uma espécie de guru da cloroquina, prestará depoimento à CPI. "A doutora Nise não tem por que mentir. Ela não faz parte do governo. Alguém a indicou para o presidente", diz Omar Aziz

Jair Bolsonaro, Nise Yamaguchi e o empresário Carlos Wizard (Reprodução)

Por Plinio Teodoro.

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que há provas para indiciamento de agentes do governo Jair Bolsonaro (Sem partido) pelo genocídio que já matou mais de 460 mil brasileiros na pandemia.

“Já temos provas suficientes de que o Brasil não quis comprar vacina. Isso não tem mais o que provar. Tenha a certeza de que a CPI não vai dar em pizza”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo.

Aziz diz que ao menos dois fatores ligam a inação – e consequentemente o número avassalador de mortos – a Bolsonaro: as ações contrárias ao isolamento social e ao uso de máscaras e a recomendação da cloroquina para tratamento precoce da doença.

“Essas duas coisas estão diretamente ligadas a ele. Não tem jeito. Ele (Bolsonaro) foi quem falou diretamente sobre cloroquina”, disse.

Nesta terça-feira (1º) a CPI vai colher o depoimento da médica Nise Yamaguchi, uma espécie de guru da cloroquina, que tentou mudar a bula do medicamento e faria parte do “gabinete paralelo”, que orienta Bolsonaro na tomada de decisões sobre a pandemia.

“A doutora Nise não tem por que mentir. Ela não faz parte do governo. Alguém a indicou para o presidente, não foi ela que foi lá e bateu na porta do Palácio do Planalto”, disse Aziz sobre a médica.

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