Portugal, o país sem extrema-direita

Em termos de mandatos, só os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República foram bem sucedidos.

Por Sónia Sapage, em Público (Portugal).

Nem liberais, nem extrema-direita. Os portugueses continuam a privilegiar os partidos mais tradicionais e mais antigos, à excepção do PAN, na hora de ir às urnas. Aliança, Basta!, Iniciativa Liberal, Nós, Cidadãos! e Livre foram as cinco forças políticas que criaram mais expectativas em relação à eleição de eurodeputados — e algumas delas ainda chegaram a aparecer nas sondagens com resultados que lhes permitiriam obter um mandato —, mas essas projecções mais optimistas não se confirmaram nas urnas. Se provocaram algum efeito, foi o da dispersão de votos, sobretudo à direita, penalizando PSD e CDS.

Há pouco menos de um mês, quando o Vox elegeu 24 deputados em Espanha, fizeram-se as contas aos países europeus que não tinham partidos de extrema-direita no seu parlamento nacional. Portugal era uma das quatro excepções. Em vésperas das eleições europeias, porém, o aparecimento da coligação Basta! (que juntou o Chega de André Ventura ao Partido Popular Monárquico – foto de capa, à esquerda –, ao Partido Cidadania e Democracia Cristã e ao movimento Democracia 21) deixou algumas dúvidas sobre se, nas europeias, poderia haver uma surpresa. Não houve.

Imagem tomada de RTP.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.