Por muito menos

Por Dinovaldo Gilioli.

Às ditas pessoas de bem que foram às ruas clamar, exigir a saída da presidenta Dilma Rousseff, em nome da varredura da corrupção no Brasil, pergunto: o que mudou? Essa é uma questão inquietante, por trás das ditas pessoas de bem, outras nem tão de bem assim – em nome da moral, da ética, da ordem, articularam um ardiloso e bem-sucedido golpe.

Bem-sucedido, porque tiraram a Dilma? Não por isso! Mas porque uma outra proposta de governo, que não foi avaliada pelos eleitores nas urnas, está agora sendo implementada à contento dos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais. Projeto que atende interesses de uma casta que não se importa com o seu país, que não está nem aí com os trabalhadores, com os aposentados.

Ora, ninguém com sã consciência, deve concordar com o que vem ocorrendo no Brasil. No palácio e seus arredores, a lama da corrupção está transbordando. O efeito “Mariana” atingiu Brasília em cheio e – principalmente, sua “maior” autoridade, o presidente Michel Golpista Temer. Uma cortina de fumaça – sem precedentes, encobre o céu da democracia. Só que a hipocrisia é tanta, que justamente, em nome dela, agem para permanecer no cargo, agarrados no poder.

Já tiraram verbas e limitaram os gastos com a saúde e a educação, áreas essenciais para o povo. Já tiraram ou diminuíram direitos dos trabalhadores, através da “reforma” trabalhista. Querem fazer uma “reforma” previdenciária que favorece banqueiros, empurrando o cidadão para os planos de previdência privada. Já entregaram parte do pré-sal, querem “vender” as estatais que é patrimônio público. A Amazônia corre sérios riscos. O que mais precisam fazer para completar a tarefa do golpe?

Por muito menos tiraram a Dilma. Por quanto mai$ vão segurar o Temer?

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