POA: Fórum pela Paz na Colômbia

Mesa “Democracia” aponta capitalismo e paramilitarismo como empecilhos para a paz.

Texto e fotos: Bruna Andrade, Jornalismo B.

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O Fórum pela Paz na Colômbia, que começou nesta sexta-feira (24) e vai até domingo, tem como eixos temáticos Justiça SocialDemocracia e Soberania. Dentro disso, na tarde de sexta o evento teve três mesas simultâneas, cada uma tratando de um dos temas centrais do Fórum.  A mesa sobre Democracia, que aconteceu no Auditório do AFOCEFE Sindicato, contou com a presença da deputada do País Basco Diana Urrea, do representante da Frente Guasu do Paraguai Najeed Amado, e do militante da Marcha Patriótica da Colômbia Gustavo Gallardo.

Em suas colocações os participantes da mesa destacaram que para que haja uma democracia real é preciso um rompimento com o capitalismo: “Democracia e paz são contraditórias com modelo de produção capitalista”, afirmou Najeed. Além disso, a deputada Diana Urrea ainda lembrou que em uma democracia os direitos básicos dos cidadãos, como “saúde e educação públicas e de qualidade”, precisam ser respeitados: “Não pode haver paz enquanto não garantirmos nossos direitos universais”. A deputada ainda apontou que é fundamental que a pauta feminista esteja nas lutas da esquerda não só no processo colombiano, mas em toda a América Latina: “Não podemos falar em democracia sem falar de uma democracia radicalmente feminista. Qualquer organização que se considere de esquerda deve ter o feminismo como premissa de suas políticas.”.

O militante colombiano Gustavo Gallardo ressaltou que “democracia não é sinônimo de eleições. Democracia e participação têm um conceito muito mais amplo”, e destacou o paramilitarismo como um dos grandes problemas que a Colômbia enfrenta atualmente: “A primeira coisa que devemos fazer na Colômbia é que para uma real e efetiva participação política nos destinos do nosso país deve haver um desmonte efetivo e real do paramilitarismo. E não só do paramilitarismo, como da estrutura militar apoiada e financiada pelo governo, que está acabando com a oposição política, com os movimentos sociais, sindicais.”. Gustavo ainda apresentou diversas propostas da Marcha Patriótica para a paz no país. Entre as sugestões, a organização defende a criação de um quarto poder, o Poder Popular, e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte: “precisamos de uma Constituição que acabe com esse nefasto regime neoliberal que há na Colômbia”, justifica.

A unidade entre os movimentos sociais da América Latina foi defendida de forma unânime como uma necessidade para que possa haver um aprofundamento da democracia no continente. “Nós estamos condenados à integração das lutas populares” destacou o paraguaio Najeed.

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 Fonte: Jornalismo B.

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