Petrobras negocia com Ultrapar a venda da Refap no RS

Em nota ao mercado, a estatal confirmou negociação com a unidade de empresa que que controla a rede de combustíveis Ipiranga.

Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo

A Petrobras anunciou na última terça-feira, 19, que abriu negociação para a venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, com a Ultrapar Participações que faz parte do Grupo Ultra.

Em nota, a estatal fez uma atualização sobre processo de venda de suas refinarias. A empresa informou que recebeu propostas vinculantes para venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, mais ainda está na fase de análise e que está aguardando as ofertas finais de todos os participantes no processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia.

Além disso, a Petrobras já recebeu proposta para Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná e espera receber propostas vinculantes pelos ativos no primeiro trimestre deste ano da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.

A Petrobras assumiu compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para venda de oito de suas 13 refinarias, o equivalente à metade da capacidade instalada, até o fim de 2021.

O desmonte da Petrobras é uma das tantas medidas que o governo Bolsonaro, Guedes e militares visam para entregar as riquezas do país nas mãos do setor privado e do imperialismo. Esses ataques que são sustentados também por outros atores do golpe institucional como é o STF tem por objetivo deixar o Brasil mais submisso ao capital internacional, entregando as riquezas nacionais à preço de banana.

É urgente que os sindicatos petroleiros, dirigido pela CUT e CTB, coloquem de pé uma plano de luta unificado e construído a partir de assembleias de base contra todas as privatizações da Petrobras, rompendo sua paralisia. Os sindicatos da FNP, com influência de correntes políticas e sindicais que se reivindicam classistas e revolucionárias, como é o caso do PSOL e PSTU que dirigem sindicatos desta federação, deveriam batalhar por esse plano de luta em unidade nacional contra as privatizações da Petrobrás.

Enquanto o governo Bolsonaro junto com Castelo Branco seguem com o plano de entrega da Petrobrás ao imperialismo, o tratamento dos petroleiros desde que começou a pandemia é trágico e criminoso diante do forte descaso da empresa. Na semana passada 5 trabalhadores da Petrobrás morreram contaminados por covid-19.

Nenhuma saída de defesa à Petrobrás é ao lado de atores que também foram parte do golpe institucional como instituições como o Congresso Nacional presidido por Rodrigo Maia, o STF e todos os governadores que se colocam como oposição ao governo Bolsonaro. E o PT que nada faz para avançar o plano de luta na categoria contra as privatizações, tem levado adiante nesse momento a política de apoio junto a Bolsonaro ao candidato Rodrigo Pacheco para o Senado, e para a presidência da Câmara dos Deputados o candidato Baleia Rossi, que esteve junto com o presidente em 90% de suas política. Enquanto mantém seus sindicatos dirigidos pela CUT em total paralisia diante da demissão em massa na Ford e as privatizações nas Petrobrás.

Será apenas com a com a Petrobras 100% e administrada democraticamente pelos trabalhadores que as riquezas do país poderão estar a serviço do conjunto da população e não de um pequeno punhado de capitalistas que vivem de joelho ao imperialismo.

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