Persiste a supremacia machista nos meios

Página12

A supremacia machista persiste nos meios de comunicação argentinos, como ocorre praticamente em todo o mundo, segundo um estudo que se realiza em 114 países. Os índices de 2015 do capítulo argentino do Monitoramento Global não exibem melhoras com relação a 2010.

Os resultados completos da pesquisa no que diz respeito à Argentina serão apresentado em março de 2016, mas, suas coordenadoras no país adiantaram alguns dados ao jornal Página/12.

Cláudia Florentín e Marcela Gabioud disseram que no país “a maioria dos dados não se modificaram com relação a 2010, o que é preocupante. Com relação ao resto do mundo, temos um número maior de mulheres centrais nas notícias, pelo menos o número geral, que deu 24%, tal como aconteceu no informe anterior.”

Porém, “nos meios digitais tem menos mulheres centrais e nenhuma jornalista como produtora. Com relação à idade se observa o mesmo fenômeno em mulheres jovens e homens adultos”.

Há uma “sobrerrepresentação de Mulheres jovens como apresentadoras”, acrescentaram, enquanto caiu a presença das que têm entre 50 e 64 anos e se verifica “completa desaparição de mulheres aos 65 anos”.

Gabioud explicou que a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, ameaçada pelo governo macrista, “nos deu um marco legal que, junto à modalidade midiática estabelecida na Lei de Proteção das mulheres contra as violências, permite desterrar certos preconceitos muito instalados socialmente a respeito de como e por que se produz a violência em geral”.

No entanto, advertiu, “há práticas arraigadas em jornalistas que são resistentes a adequar-se à normativa vigente. Isto tem mais relação com o que viemos exigindo sobre a incorporação de matérias de direitos humanos e especificamente, perspectiva de gênero, nas carreiras de formação em comunicação e jornalismo”.

Versão em português: Raul Fitipaldi, de América Latina Palavra Viva – Traduções, para Desacato.info

O artigo completo em espanhol está disponível no enlace seguinte:

http://www.pagina12.com.ar/diario/sociedad/3-288707-2015-12-21.html

Foto: Corbis

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