Pautas genéricas e contraditórias dominam reivindicações do MBL em protesto neste domingo

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Os grupos que apoiaram o impeachment de Dilma saem às ruas novamente neste domingo depois de duas manifestações históricas da esquerda no mês de março. Sem uma pauta única, reivindicações vão de “fim do privilégio de marajás” a “não ao financiamento público de campanha”. Apesar de serem a favor, não divulgam como pauta o apoio à reforma da Previdência

Estão marcados para acontecer neste domingo (26) em diversas capitais do país protestos organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, grupos que capitanearam as manifestações pelo impeachment em 2016. É esperado que o maior ato ocorra em São Paulo, na avenida Paulista, a partir das 14h.

A volta dos manifestantes de camiseta verde e amarela às ruas vem após dois protestos históricos da esquerda ao longo do mês de março, que chegaram a reunir, cada um, mais de 300 mil pessoas. Um deles foi no Dia Internacional da Mulher e, naturalmente, teve como pauta o fim da violência e da desigualdade de gênero. O outro tinha como pauta principal a posição contrária à reforma da Previdência proposta por Michel Temer.

Os grupos que organizam as manifestações deste domingo (26), por sua vez, já se declararam apoiadores do projeto de reforma da Previdência do governo. Como não se trata de uma pauta popular, no entanto, eles fingiram que o assunto não existe e sequer o colocaram na lista de reivindicações, marcada pelo tom genérico.

Uma das pautas defendida pelos grupos, por exemplo, é o fim do Estatuto do Desarmamento. Para eles, o cidadão de bem deve se armar.

Outra pauta que dá para se considerar genérica e que chama a atenção é a que pede o “fim do privilégio de marajás”.

Não menos curiosa é a reivindicação que diz “não ao financiamento público de campanha”. O financiamento público é apontado como uma das saídas para o fim da corrupção em campanhas eleitorais em detrimento do financimento privado, de onde saem a maior parte dos casos de propina e caixa 2. O MBL, no entanto, apoia o fim da corrupção desde que não se mexa no financiamento privado.

Há também a reivindicação “por reformas justas que acabem com os privilégios”. Esta resume bem a superficialidade que domina agenda do grupo.

Fonte: Revista Fórum.

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