O projeto sionista põe em perigo a paz mundial

(Português/Español)

Abdennur Prado entrevista Alejandro Ruetter Fridman, membro da Associação de Judeus Antissionistas da Espanha

IJANAbdennur Prado: Existe muita confusão à volta  do termo judeu; mistura-se a religião, o étnico, o cultural, a memória colectiva… Que sentido tem para vocês a classificação de judeus, incluído no nome da organização?

Alejandro Ruetter Fridman: O termo “judeu” incluído no nome da organização, apesar das confusões, deve-se a que os membros integrantes fomos educados como tal e não estamos satisfeitos com que EM NOSSO NOME se estabeleça um sistema de limpeza étnica e apartheid.

Somos parte do movimento internacional de solidariedade com Palestina, a nossa perspectiva não é destacar o judaico, é um elemento mais que se acrescenta ao nosso compromisso com a causa, já que no seu paradigma o judeu é um parâmetro; a identidade judaica tem muitas variáveis, outros companheir@s, carentes de um apego a esta intensidade, consideram que se deve dar una resposta contundente neste âmbito, onde os sionistas reivindicam o direito de representar a comunidade judaica na sua totalidade e usam o judaísmo como elemento integrante da sua narrativa. Para nós, a causa da Palestina é de índole político e não étnico ou religioso.

Porque vos declarais publicamente como antissionistas? Qual a diferencia entre o sionismo e outros nacionalismos?

Somos anti-sionistas porque o sionismo é a perversão racista do judaísmo e qualquer nacionalismo exclusivo deveria merecer semelhante repúdio dos seus “representados“.

O projeto sionista devido ao seu papel geopolítico é um nacionalismo especialmente agressivo e que põe em perigo a paz no mundo. A simbiose com o imperialismo e o papel de polícia do Médio Oriente, isto é,  cumprindo a tarefa de subjugar as aspirações de soberania regional, convertem-no no destinatário de um fortíssimo armamento, inclusive com a bomba atómica. Além disso, funciona como ingerência em todos os regímens antipopulares do terceiro-mundo, Colômbia por exemplo. É um fator de destabilização no Magrebe e em toda a África, alimentado o separatismo. Manipula as comunidades judaias nos diferentes estados do mundo, fazendo campanhas contra dirigentes anti-imperialistas, acusando-os de “antissemitas“, como foi o caso de Chávez

Espanha tem un importantíssimo passado sefardita, incluída a expulsão e a diáspora, la persistência do ladino, etc. Que vos parecem os esforços que se estão fazendo para incorporar esta herança à memória colectiva?

O que se está fazendo com o passado sefardita faz parte da mesma campanha sionista. Como exemplo, em Toledo encontra-se, entre outros lugares, uma tal “Sinagoga de Santa María la Blanca”, começando pelo absurdo do nome, consiste nuna nave branqueada com um stand ao fundo onde vendem souvenirs de Israel.

Reivindicar o passado sefardita serviu para conceder a nacionalidade a alguns judeus, na sua maioria do Magrebe ou israelitas (br. israelenses) e constituir uma comunidade judaica muito atenta a Israel, ou promover a Casa Sefarad que também é uma sucursal da embaixada. Os espanhóis não têm porque se culpabilizar do horrível decreto de expulsão de 1492 dos judeus e mouros, nem da criminosa Inquisição, foram outras épocas e outros sistemas. Manipular esta hipotética culpa é igual a culpar os alemães pelo genocídio durante a segunda guerra mundial e obter receitas em  subvenções ou apoio político às nefastas políticas sionistas.

Em Espanha persiste a judeofobia, em todos os tópicos possíveis.  Alguns dias atrás, ouvi uma mulher, numa reunião de pais, utilizar o termo “judeu” em sentido despreciativo. Também cresce a judeofobia entre os muçulmanos devido sobretudo à situação na Palestina, mas também por fanatismo. Que podem fazer os muçulmanos espanhóis para ajudar a combater este mal absoluto que é a judeofobia?

Mais que certa judeofobia linguística folclórica o que existe é, depois de cinco séculos, um absoluto desconhecimento do “judaico“, pelo que o sentimento referido é consequência da confusão organizada pela apropriação sionista.

Se existem sentimentos judeofobos, como chamaríamos ao desdém para com os ciganos? E a islamofobia que recrudesce? Não sentimos exista discriminação para com os judeus. Evidentemente, que tod@s devemos insistir em romper preconceitos, mitos, ideias esquemáticas relativamente a grupos humanos, que foram construídos durante tantos séculos.

Conforme manifestamos em numerosas ocasiões, consideramos a islamofobia como una reedição do antissemitismo clássico europeu. Todos os tópicos da judeofobia transferem-se agora para o Islão (br. Islã). Que vos parece esta comparação?

A comparação entre judeofobia e islamofobia é lógica; toda a xenofobia segue os mesmos parâmetros. Sempre se utiliza o estrangeiro como bode expiatório em determinados momentos históricos, para dar unidade a uma nação ou como consequência de um mal-estar social importante, seja de ordem económico ou outro. O grupo judaico é bastante minoritário em Europa (inclusive em França, onde reside o grupo mais numeroso, são 600 mil judeus entre uma população de 63 milhões) e encontram-se bem protegidos por leis e pelos EUA, são pois as outras comunidades consideradas estrangeiras que sofrem o flagelo da descriminação e do desprezo; hoje em dia basta “parecer” árabe.

Versão em português: Equipe de sionismo.net

El proyecto sionista pone en peligro la paz mundial

Abdennur Prado entrevista a Alejandro Ruetter Fridman, membro de la Asociación de Judíos Antisionistas de España.

Abdennur Prado: Existe mucha confusión alrededor del término judío, ya que se mezcla la religión, lo étnico, lo cultural, la memoria colectiva… ¿Qué sentido tiene para vosotros el calificativo de judíos, incluido en el nombre de la organización?

Alejandro Ruetter Fridman: El término “judío” incluido en el nombre de la organización, a pesar de las confusiones, está justamente porque los integrantes hemos sido educados como tales y no estamos satisfechos con que EN NUESTRO NOMBRE se establezca un sistema de limpieza étnica y apartheid.

Somos parte del movimiento internacional de solidaridad con Palestina, nuestro ángulo no es destacar la judeidad, es un elemento más que se añade a nuestro compromiso con la causa, ya que en su paradigma lo judío es un parámetro; la identidad judía tiene muchas variables, y otros compañer@s sin tener un apego a esta intensidad consideran que se debe dar una respuesta contundente en este ámbito donde los sionistas se arrogan el derecho de representar al colectivo judío en su totalidad y se sirven del judaísmo como elemento constituyente de su narrativa. Para nosotros la causa Palestina es de índole político y no étnico o religioso.

¿Por qué os declaráis públicamente como antisionistas? ¿Qué diferencia al sionismo de otros nacionalismos?

Somos antisionistas porque el sionismo es la perversión racista del judaísmo y cualquier nacionalismo excluyente merecería el mismo repudio de sus “representados“.

El proyecto sionista por su rol geopolítico es un nacionalismo especialmente agresivo y que pone en peligro la paz en el mundo. La simbiosis con el imperialismo y el papel de gendarme del medio oriente, es decir cumpliendo la tarea precisa de sojuzgar los anhelos de soberanía regional, lo convierte en el destinatario de un sobrearmamento, incluso con la bomba atómica. Además, funciona como injerencia en todo régimen antipopular en el tercermundo, Colombia por ejemplo. Es un factor de desestabilización en el Maghreb y en todo África, alimentado el separatismo. Instrumentaliza las comunidades judías en los diferentes estados del mundo, haciendo campañas contra dirigentes antiimperialistas, tildándolos de “antisemitas“, como fue el caso de Chávez

España tiene un importantísimo pasado sefardí, incluida la expulsión y la diáspora, la persistencia del ladino, etc. ¿Qué pensáis de los esfuerzos que se están haciendo para incorporar este legado a la memoria colectiva?

Lo que se está haciendo con el pasado sefardí es parte de la misma campaña sionista. Como ejemplo, en Toledo se encuentra entre otros lugares una tal “Sinagoga de Santa María la Blanca”, partiendo del absurdo del nombre consiste en una nave blanqueada con un stand al fondo donde venden souvenirs de Israel.

Reivindicar el pasado sefardí sirvió para otorgar la nacionalidad a ciertos judíos, en su mayoría del Maghreb o israelíes y constituir una comunidad judía muy atenta a Israel, o de promover la Casa Sefarad que también es una sucursal de la embajada. Los españoles no tienen por qué culpabilizarse del horrendo edicto de expulsión de 1492 de judíos y moros, ni de la criminal Inquisición, fueron otras épocas y otros sistemas. Manipular esta hipotética culpa es el mismo manejo como estar culpabilizando a los alemanes por el genocidio durante la segunda guerra mundial y sacar réditos en subvenciones o apoyo político a las nefastas políticas sionistas.

En España persiste la judeofobia, todos los tópicos posibles. Hace tan solo unos días, oí a una mujer, en una reunión de padres de alumnos, utilizar el término “judío” en sentido despectivo. También crece la judeofobia entre los musulmanes, mayormente a causa de la situación en Palestina, pero también por fanatismo. ¿Qué podemos hacer los musulmanes españoles para ayudar a combatir este mal absoluto que es la judeofobia?

Más que cierta judeofobia lingüística folclórica lo que hay es, después de cinco siglos, un absoluto desconocimiento de lo “judío“, por lo que el sentimiento expresado es producto de la confusión organizada por la apropiación sionista.

Si hay sentimientos judefobos, ¿cómo llamaríamos el desdén hacia los gitanos? ¿Y la islamofobia que recrudece? No sentimos que haya discriminación hacia los judíos. Bien evidente, que tod@s debemos insistir en romper prejuicios, mitos, ideas esquemáticas respecto a grupos humanos que fueron tejidos durante tantos siglos.

Según hemos manifestado en numerosas ocasiones, consideramos la islamofobia como una reedición del antisemitismo clásico europeo. Todos los tópicos de la judeofobia se transfieren ahora sobre el islam. ¿Qué opinión os merece esta comparación?

La comparación entre judeofobia e islamofobia es simple lógica, toda xenofobia sigue el mismo parámetro. Siempre se usa al extranjero como chivo emisario o expiatorio en momentos históricos precisos, para dar unidad a una nación o a raíz de un malestar social importante, sea de orden económico u otro. El grupo judío es muy minoritario en Europa (incluso en Francia, donde reside el grupo mas numeroso, son 600 mil judíos entre una población de 63 millones) y están protegidos por leyes y por los EEUU, luego son los otros colectivos considerados extranjeros que sufren el látigo de la discriminación y el desprecio, hoy muy especialmente es suficiente “parecer” árabe.

Gracias, Alejandro, ha sido un placer. Estoy seguro de que los lectores de Webislam agradecerán la claridad con que te expresas.

Agradecemos esta oportunidad que nos da Webislam para expresarnos y seguimos estando disponibles para lo que necesiten.

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