O Prêmio Nobel da Paz tem que ser para as Brigadas Henry Reeve

Leitoras e leitores do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.

Imaginem, por um instante só, sua casa rodeada; todos os acessos do seu bairro bloqueados para que não cheguem alimentos, remédios e outros produtos de primeira necessidade. Pensem em passar mais de uma década resistindo à fome por causa de um período especial. Reflitam o que seria dos seus lares se fossem agredidos durante mais de 50 anos, todos os dias e de todas as formas. Pois então, a pequena Cuba conseguiu sobreviver a isso e muito mais. E enquanto resiste, ainda é capaz de ser o máximo símbolo de solidariedade universal.

Cuba tem sido rebelde desde sempre. Primeiro contra o império espanhol e depois contra os Estados Unidos. Muitas fontes de inspiração teve um povo que precisou esperar até 1959 para se libertar do jugo imperial. Uma delas foi o legendário Henry Reeve, que encontrou a morte aos 26 anos, quando lutava pela independência de Cuba. Reeve era um brigadeiro norte-americano, nascido no Brooklyn, Nova Iorque, que se uniu às tropas independentistas de Carlos Céspedes, para lutar contra o exército espanhol.

Sonhador, solidário e fraterno, Henry entregou sua vida perseguindo o sonho libertário que predominava na Pátria Grande naqueles anos de primeiras independências em toda a América Latina e o Caribe. Sua intensa luta, sua valentia e exemplo perduraram no imaginário dos cubanos até que a Revolução, por ocasião do furacão Katrina, que atingiu o povo pobre dos Estados Unidos, decidisse reunir quase dois mil voluntários para colaborar com a recuperação das comunidades afetadas pela tragédia. O genocida George Bush filho, não aceitou essa ajuda. Fidel Castro então resolveu que a brigada sanitária seria batizada com o nome do jovem Henry Reeve, que no século 19 tombou na defesa solidária da Ilha.

Hoje, outra tragédia atinge toda a humanidade, a pandemia do coronavírus. E Cuba, de novo ela, se ofereceu com sua brigada de médicos e profissionais de enfermagem para ajudar o mundo todo. Porque não conseguiu evitar o império, a 90 milhas da Ilha, que essa Cuba bloqueada desistisse da sua educação e da sua saúde que são exemplo no mundo inteiro. O povo cubano, fértil em sabedoria, nunca quis esses saberes apenas para si, e sim para oferecê-los a todos os povos que os precisassem. O oposto ao seu vizinho gigante e genocida, egoísta e violento.

As imagens dos médicos e médicas cubanas trabalhando duramente para salvar pessoas, mesmo em países que se opuseram e se opõem ainda à sua revolução, se transformaram no fato mais marcante deste ano de tragédia. Cuba, com sua solidariedade, conquistou lágrimas de amor e admiração ao longo de todo o planeta.

Por isso, o Portal Desacato sugere aos leitores e leitoras, apoiar sem reticências que a academia sueca entregue à Brigada Médica cubana Henry Reeve, o Prêmio Nobel da Paz. Cuba tem e produz os antídotos para o ódio, essa doença genocida que ataca o planeta e o Brasil em particular: o antídoto é o amor pelo outro e a outra e a fraternidade universal.

O Prêmio Nobel da Paz tem que ser para as Brigadas Henry Reeve

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